Um modelo de educação inclusiva atualmente aplicado em cerca de 40 escolas públicas na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, vem chamando atenção internacional da comunidade de pessoas ligadas a crianças com autismo. É o “ASD Nest Program”, em tradução livre “Programa Ninho para Pessoas no Espectro do Autismo”.
Neste modelo, as classes Ninho do Ensino Infantil ao Ensino Médio têm até 4 estudantes com autismo e, dependendo do ano escolar, de 8 a 20 estudantes com desenvolvimento típico. Para a criança com autismo participar das classes deste programa, ela precisa apresentar alto desempenho e ser capaz de participar das tarefas daquele ano/série escolar.
As classes Ninho contam com dois professores, um professor com formação em Pedagogia e outro em Educação Especial. Nestas classes, não há um profissional mediador. Ambos professores recebem treinamento especializado para o processo de ensino-aprendizagem de estudantes com autismo. Treinamento e contínua orientação são oferecidos aos professores pela equipe da New York University (NYU) e da Hunter College. No dia a dia da sala de aula, os dois professores dividem as responsabilidades de planejamento de aula e de instrução dos estudantes, trabalhando em colaboração constante. Um currículo especializado de habilidades sociais e funções executivas é inserido no conteúdo programático e aplicado pelos professores junto a todos os estudantes.
Os estudantes também contam com sessões em pequenos grupos com fonoaudiólogos que auxiliam no desenvolvimento de habilidades sociais. Uma equipe multidisciplinar formada por terapeutas ocupacionais, psicólogos e psicopedagogos, entre outros, mantém contato com os professores durante todo o ano e oferece apoio quando necessário.
A parceria com os pais dos estudantes com autismo é estimulada, os pais participam regularmente de reuniões com a equipe da escola e podem manter contato diário com a equipe através de e-mails e anotações na agenda. O programa possibilita uma constante troca de informações sobre os interesses especiais das crianças, suas áreas de força e atuais áreas de dificuldade, assim como a comunicação e padronização de estratégias que beneficiam o bem-estar e o desenvolvimento das crianças na escola, em casa ou nas clínicas. Visitas dos profissionais da escola e da equipe multidisciplinar na casa das crianças fazem parte do programa.
Adaptações do ambiente físico são executadas nas salas de aula para auxiliar a regulação e o conforto dos estudantes, como iluminação natural ou sem o uso de lâmpadas fluorescentes, poucos estímulos visuais nas paredes, uma área de regulação no fundo da sala com objetos de conforto como tapetes emborrachados, pufes e almofadas, e até pedais embaixo das mesas para que as crianças possam pedalar enquanto fazem o trabalho acadêmico.
A valorização das áreas de força e dos interesses especiais da criança é reforçada na rotina diária para promover oportunidades de aprendizagem social, emocional, cognitiva e motora.
Um dos lemas do ASD Nest Program, o qual ilustra sua filosofia inclusiva, é: “Se as crianças não aprendem da forma como nós ensinamos, então nós devemos ensiná-las da forma como aprendem”, Dr. Kenneth Dunn.
Para obter mais informações em inglês sobre o ASD Nest Program, visite os sites a seguir:
http://steinhardt.nyu.edu/asdnest/
https://www.nytimes.com/2017/06/14/nyregion/for-children-with-autism-no-more-being-hushed.html?_r=0
http://schools.nyc.gov/NR/rdonlyres/3145BEDF-9742-4EBB-A7E0-CEB1402FCEE9/0/ASDFamilyResourceGuideEnglish.pdf
https://www.amazon.com/ASD-Nest-Model-Framework-Functioning/dp/1937473236
https://www.autismspeaks.org/blog/2014/09/09/back-school-asd-nest-program
http://www.uft.org/vperspective/asd-nest-program-offers-model-collaboration
https://vimeo.com/95239747
A Inspirados pelo Autismo tem como uma de suas missões contribuir para uma educação inclusiva que acolha e valorize todos, considerando as características e necessidades individuais, nutrindo o bem-estar e promovendo o desenvolvimento do potencial de cada estudante. Esperamos que as informações deste artigo contribuam para este objetivo.
Dê uma olhada em nosso cartaz com 15 ideias para a inclusão de estudantes com autismo. Você pode imprimir e levar para a escola!
Conte para nós o que achou do artigo e compartilhe conosco suas experiências com educação inclusiva nos comentários abaixo!
85 comentários em “A educação inclusiva para crianças com autismo na cidade de Nova Iorque, EUA”
Incrível! Primeiro mundo mesmo.
Estou com duas crianças autistas em uma sala regular, tenho formação em educação especial, porém, por terem 25 estudantes em sala, não consigo acompanhá-los em suas especificidades e necessidades.
Glacimar, agradecemos seu comentário nos contando sobre sua experiência com crianças com autismo na escola. Para nós da Inspirados pelo Autismo, um dos pontos mais positivos deste modelo de educação inclusiva mencionado no artigo é a colaboração contínua em sala de aula entre dois professores, um deles com formação em educação especial.
Tenho um filhote com síndrome de aspeger, gostaria muito que fossemos para outro país pra ele estudar, aprendeu inglês sozinho, pela internet.
Sonhando com essa realidade no Brasil, espero um dia chegarmos lá !! .
Nossa luta constante é para isso!
Débora, temos acompanhado a inclusão de diversas crianças com autismo nas escolas brasileiras e notamos que a cada dia as escolas se engajam mais na perspectiva inclusiva e na aplicação de estratégias que trazem maior acessibilidade ao processo de ensino-aprendizagem de nossas crianças, o que beneficia os estudantes com desenvolvimento típico também.
Boa noite!
Como fazer parte deste programa?
Adorei a matéria … tem alguma escola em São Paulo que vai pegar esse desafio escolar?
Que bom que você gostou da matéria, Silvana! Torcemos para que o artigo inspire as escolas brasileiras a buscar cada vez mais estratégias inclusivas para suas crianças.
Amei a matéria
Melissa, ficamos felizes de saber que você gostou da matéria!
Espero um dia viver esse exemplo dentro das nossa escolas no Brasil.
Angela, também vimos nesse modelo de Nova Iorque várias características que consideramos que seriam benéficas para a educação inclusiva no Brasil.
Adorei, é muito bom poder trocar experiências ainda mais quando chegam muitos casos a cada dia pra nós!!!! Espero que o Brasil tenha avanços relacionados a esse tema. Vou acompanhando por aqui!!!! Abraços
Estela, temos visto avanços na educação inclusiva no Brasil. E acreditamos que o diálogo aberto sobre possibilidades inclusivas trará bons frutos para nossa Educação.
Adorei
Gostaria de ter materiais sobre práticas pedagógicas para alunos autista nos Estados Unidos se alguém puder me ajudar agradeço.
Realmente, também sonho com que essa realidade chegue para nós aqui no Brasil. Infelizmente ainda estamos bem distante disso. Tenho gêmeas autistas e também sou professora. Como mãe venho batalhando para que minhas filhas tenham o acompanhamento necessário, mas está difícil. Se nossas crianças tivessem acesso a esses profissionais como fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, neurologistas, com certeza, conseguiriam se desenvolver bastante também.
Oi Layla, obrigada por compartilhar sua vivência como mãe de crianças que têm autismo e como professora. Consideramos fundamental a parceria entre uma equipe multidisciplinar e os profissionais da escola para um processo educacional que seja eficaz para nossas crianças.
Gostei! Vcs tem esse modelo em português? Gostaria muito de ter acesso à esse material.
Oi Ana, que ótimo que o artigo foi útil para você. Nós não encontramos as informações sobre o ASD Nest Program em português, mas encontramos esse link com um dos documentos em espanhol:
http://schools.nyc.gov/NR/rdonlyres/72259271-711A-45B9-B2BC-DC56EC794EC0/0/ASDFamilyResourceGuideSpanish.pdf
Meu neto é autista, tem oito anos e estuda em uma escola inclusiva no Rio de Janeiro, a Escola Nova, situada na Gávea. Vocês incluem escolas em sua lista de distribuição? Poderiam incluir a Escola Nova? Caso positivo, enviarei o endereço e o nome da Diretora. Muito grata pelo trabalho de vocês. É extremamente importante.
Lygia, para se inscrever em nossa lista de distribuição e receber nossos informativos por emails, a Escola Nova pode inserir o nome da escola e o endereço de email na seguinte página de nosso site:
https://www.inspiradospeloautismo.com.br/receber-nosso-informativo/
Gostei muito do artigo. Nas escolas municipais de minha cidade temos crianças com autismo em algumas salas e adorei esta ideia de colocar um espaço na sala onde a criança possa estar para acalmar-se e voltar depois para suas atividades.
Juscelene, temos utilizado essa estratégia de um espaço no fundo da sala para que nossas crianças possam fazer a autorregulação, possam se acalmar e se organizar. Depois de alguns minutos, ajudamos a criança a voltar a se concentrar nas tarefas da classe e percebemos que desta forma o processo de ensino-aprendizagem torna-se mais produtivo.
Com certeza, aqui em Campinas Juscelene! Adorei as dicas deste post, esperando para se tornar realidade no Brasil! O que vem me ajudando bastante nesses tempos de quarentena imposta pela Covid-19 são atividades variadas como no post https://cursodebaba.com/brincadeiras-atividades-criancas-autistas/
Abs
Muito significativa a forma pela qual está sendo desenvolvido este trabalho. Em uma educação inclusiva dessa maneira eu acredito que bons resultados fluirão.
Parabéns!
Nós também gostamos da proposta inclusiva do ASD Nest Program, Maria de Fátima!
Segundo parágrafo do texto:”Para a criança com autismo participar das classes deste programa, ela precisa apresentar alto desempenho e ser capaz de participar das tarefas daquele ano/série escolar.”
“…Precisam apresentar alto desempenho e….” É inclusão ou exclusão?
Zenio, agradecemos seu comentário para enriquecer nossa discussão. Notamos que o ASD Nest Program, por enquanto, é disponibilizado para uma parcela das crianças com diagnósticos do espectro do autismo, aquelas que conseguem acompanhar e participar dos trabalhos de sala de aula. *****
No arquivo do link a seguir, http://schools.nyc.gov/NR/rdonlyres/3145BEDF-9742-4EBB-A7E0-CEB1402FCEE9/0/ASDFamilyResourceGuideEnglish.pdf, podemos ver que o departamento de educação da cidade de Nova Iorque disponibiliza um outro programa educacional em classes especiais, O ASD Horizon, para as crianças com autismo que ainda não podem participar do Nest Program. O mesmo documento informa que assim que a criança desenvolve as habilidades sociais e cognitivas para participar de classes inclusivas, a inclusão é estimulada.*****
Na nossa opinião, o Nest Program poderia buscar aprimoramento nessa questão para proporcionar uma educação inclusiva acessível a crianças com autismo que não apresentam ainda as habilidades consideradas de alto desempenho. Todavia, acreditamos que os pontos para aprimoramento não tiram o mérito de inúmeros pontos positivos desse modelo que, se estudados e reproduzidos em mais escolas, poderiam beneficiar a educação inclusiva como um todo. *****
A presença de dois professores, um deles com formação em educação especial, e mais um profissional mediador em sala de aula (especialmente se ele também tiver formação em educação especial), poderiam talvez tornar um modelo similar ao Nest Program acessível a crianças com autismo com maiores dificuldades sociais, cognitivas, motoras e sensoriais. O que você acha desta ideia?
Muito importante esta iniciativa de vocês. Infelizmente aqui no Brasil existe uma Lei que obrigada as crianças autistas serem matriculadas em escolas regulares. Porém, as escolas não estão preparadas para recebê-las. A última moda é dizer que não há mais vaga e, quando há, elas aceitam as crianças (com muito mau gosto), mas infelizmente não preparam um material direcionado didaticamente para eles. Sim para eles. Até porque, com certeza quando preparamos uma aula para uma criança autista estamos alcançando o objetivo com todos os alunos. Caso contrário, não necessariamente. Existe um tal de cuidador para acompanharem as crianças nas escolas que, por muitas vezes, não tem nenhuma preparação básica. Estou enfrentando uma batalha para inserir meu filho de 3 anos na escola. E olha que o autismo dele é leve, mas já rotularam meu filho como uma criança agressiva sem ao menos ele tem ido no primeiro dia de aula. Resumindo…A conclusão que cheguei é que a pior deficiência que pode existir em um ser humano é a deficiência da alma.
Oi Giulliana, boa tarde! Agradecemos sua contribuição ao diálogo nos contando sobre suas experiências. Concordamos que a grande maioria das escolas em nosso país ainda não está preparada para oferecer realmente uma proposta inclusiva, e que o profissional de apoio ou mediador muitas vezes não tem a preparação necessária para auxiliar nossas crianças. Também aprendemos em nossa experiência que quando o professor faz um planejamento de aula inclusivo, levando em conta as necessidades, interesses e estilos de aprendizagem de todos os alunos, o resultado é positivo para todos, não apenas para aqueles que têm um diagnóstico ou um estilo de aprendizagem diferenciado da maioria!!! Torcemos para que você estabeleça um projeto de parceria com a escola de seu filho que promova o bem-estar e o desenvolvimento dele de forma prazerosa e divertida! Dê uma olhada na programação de nossos cursos de Módulo Escola que ocorrerão em São Paulo em 2018. Serão duas chances para participar, uma em abril e uma em setembro deste ano: https://www.inspiradospeloautismo.com.br/cursos-sobre-autismo-4/ No curso, investimos 3 dias inteiros, de sexta a domingo, na aprendizagem e troca de informações sobre estratégias eficazes para a educação inclusiva de crianças com autismo.
Gostei muito, mas para mim não foi nenhuma novidade, pois morei e trabalhei por dois anos em Nova York, hoje tenho um filho de três anos Autista, gostaria de saber se conseguiríamos vaga para ele estudar lá, com certeza voltaria para a maior cidade do mundo.
Ronaldo, agradecemos seu comentário. Temos visto evolução na educação inclusiva no Brasil e nossa intenção ao escrever o artigo sobre uma proposta de inclusão em Nova Iorque tem como objetivo disseminar informações para estimular a reflexão e o diálogo que podem levar ao aprimoramento da educação inclusiva em nosso país.
Já sabia que lá é assim e não só para autistas. Quando uma criança apresenta alguma dificuldade ou suspeita de algo ela já é direcionada para um programa multidisciplinar que irá fazer um scanner e descobrir a causa, traçando o diagnóstico e o tratamento e terapias.
Igualzinho aqui no Brasil certo? SQN! INfelizmente!
Patrícia, obrigado pelas informações! Acreditamos que disseminando informações e fomentando o diálogo sobre como tornar a educação brasileira mais inclusiva, já estamos contribuindo positivamente!
Parabéns, para o os Estados Unidos, que ainda acredita no profissional da educação especial para as pessoas com autismo.
Telma, concordamos que o profissional de educação especial tem conhecimento e experiência valiosos para a atual inclusão escolar.
“ela precisa apresentar alto desempenho e ser capaz de participar das tarefas daquele ano/série escolar”. Os maiores desafios encontrados na inclusão de crianças com espectro autista, não sao os sujeitos com alto desempenho e sim os de baixo desempenho. Então, considerando as práticas inclusivas no Brasil, que se quer conseguem alfabetizar um sujeito típico, imagine pessoas com necessidades especiais.
Eliana, agradecemos seu comentário. Assim como na resposta a um dos comentários acima, esclarecemos que notamos que o ASD Nest Program, por enquanto, é disponibilizado para uma parcela das crianças com diagnósticos do espectro do autismo, aquelas que conseguem acompanhar e participar dos trabalhos de sala de aula. *****
No arquivo do link a seguir, http://schools.nyc.gov/NR/rdonlyres/3145BEDF-9742-4EBB-A7E0-CEB1402FCEE9/0/ASDFamilyResourceGuideEnglish.pdf, podemos ver que o departamento de educação da cidade de Nova Iorque disponibiliza um outro programa educacional em classes especiais, O ASD Horizon, para as crianças com autismo que ainda não podem participar do Nest Program. O mesmo documento informa que assim que a criança desenvolve as habilidades sociais e cognitivas para participar de classes inclusivas, a inclusão é estimulada.*****
Na nossa opinião, o Nest Program poderia buscar aprimoramento nessa questão para proporcionar uma educação inclusiva acessível a crianças com autismo que não apresentam ainda as habilidades consideradas de alto desempenho. Todavia, acreditamos que os pontos para aprimoramento não tiram o mérito de inúmeros pontos positivos desse modelo que, se estudados e reproduzidos em mais escolas, poderiam beneficiar a educação inclusiva como um todo. *****
A presença de dois professores, um deles com formação em educação especial, e mais um profissional mediador em sala de aula (especialmente se ele também tiver formação em educação especial), poderiam talvez tornar um modelo similar ao Nest Program acessível a crianças com autismo com maiores dificuldades sociais, cognitivas, motoras e sensoriais. O que você acha desta ideia para a educação inclusiva no Brasil?
Essa é a questão. Se for somente para crianças com alto desempenho não é realmente inclusiva, pois no autismo isso é bem complexo. A criança de baixo desempenho é a que necessita de mais estímulo para ser integrada nas atividades. A de alto desempenho é bem mais fácil.
Marilene, obrigada por participar de nosso diálogo! Encaminhamos aqui parte de uma resposta que oferecemos a um outro participante da discussão no chat desse artigo. **** Nós temos trabalhado com o apoio a classes inclusivas em diversas regiões do Brasil, tanto com crianças com autismo que apresentam alto desempenho como crianças com autismo que apresentam maior atraso no desenvolvimento de suas habilidades e observamos ótimos resultados quando um profissional mediador com formação em educação especial e especialização em estratégias para o ensino-aprendizagem de estudantes com autismo está presente em sala de aula e trabalha em parceria com o professor da sala.**** Quanto à diferenciação entre integração e inclusão, em nosso entendimento, na integração os estudantes de desenvolvimento atípico que estavam presentes na escola não eram incluídos, pois a escola não os acolhia realmente tornando o processo de ensino-aprendizagem acessível a eles, eram os estudantes que precisavam se adaptar à escola e às estratégias educacionais aplicadas na escola. Já na inclusão, a escola acolhe os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem, utilizando ferramentas de ensino que tornem a aprendizagem acessível a todos os seus estudantes. Acreditamos que apenas manter um estudante na escola sem realmente tornar o ensino-aprendizagem acessível a ele não configura real inclusão, nos remete à integração. Nessa perspectiva, acreditamos que o Nest Program, dentro de suas limitações, oferece um modelo eficaz de verdadeira inclusão para os estudantes com autismo que já acolhe. E torcemos para que uma evolução do programa o torne acessível a ainda mais pessoas no espectro. Neste artigo divulgamos ideias sobre uma atual proposta inclusiva para crianças com autismo. É nossa visão que um dia não precisaremos mais diferenciar entre educação e educação inclusiva, chegando a um ponto no qual toda educação será inclusiva (e para todos, não só em referência a crianças com autismo), quando então não precisaremos mais do adjetivo para qualificá-la como “inclusiva”. Muito obrigada por contribuir para nosso diálogo. Adoraríamos ouvir mais de você!
Precisamos de mais programas assim aqui no Brasil, pois a realidade é completamente diferente!!! Amei essa matéria!!
Oi Adriana, que ótimo que você gostou da matéria! Vamos disseminando informações!
AMEI O ARTIGO. GOSTARIA DE LER OUTROS. HOJE TRABALHO EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA Á INCLUSÃO ESCOLAR, (MUNICIPAL) DAMOS SUPORTES AS ESCOLAS, E FAÇO ATENDIMENTOS PARA 04 ALUNOS AUTISTAS. TENHO TRABALHADO COM ELES O PROJETO SOBRE IDENTIDADE E EM OUTRO MOMENTO SOBRE A SUA ROTINA DIÁRIA, E ELES VEM CORRESPONDENDO MUITO BEM, MESMO COM SUAS LIMITAÇÕES.
Carla, agradecemos por nos contar sobre seu trabalho que vem trazendo resultados positivos. Como se chama a instituição e a cidade na qual você trabalha?*****Em nosso blog, você encontra uma variedade de outros artigos, materiais, vídeos e atividades que podem ser úteis para você! Veja os materiais em:
https://www.inspiradospeloautismo.com.br/artigos-da-inspirados-pelo-autismo/
A matéria sem dúvida é muito interessante, um modelo a seguir sem dúvida. Aqui na nossa realidade o ensinar para uma criança autista fica quase impossível. Eu sou professora da rede estadual de SP e este ano tenho gêmeas autistas, uma está em grau moderado e a outra em grau alto e para ela é preciso mais atenção, até porque a própria criança solicita auxilio, eu tenho outras 34 crianças para dar conta e por mais que eu tenha corrido para aprender como lidar com a situação, não sou capaz de proporcionar melhora na vida da criança. Mas, o pior é saber que os responsáveis pela educação na escola, na diretoria de ensino e no governo, não fazem absolutamente nada para que essa criança avance. Triste…
Claudete, há muito por fazer realmente para melhorar as condições da educação inclusiva. Em sua escola, as crianças com autismo contam com um profissional de apoio ou profissional mediador? Por seu relato, nos parece que pelo menos uma das crianças de sua sala têm grande necessidade de um profissional de apoio a acompanhando na rotina na escola e trabalhando em parceria com você.
Adorei! Muito agregador!
Que maravilha,esse modelo de educação inclusiva. Brasil precisa urgente
Parabéns pela rica iniciativa de vocês, fiquei realmente maravilhada.
Desejo que vocês continuem com essa ideia, que a cada dia vocês possam estar desenvolvendo mais projetos como esse.
Adorei a matéria e adoraria se o governo, representado pelo Ministério da Educação, investisse alguma coisa na contratação e preparação de profissionais para acompanhar os autistas, mas não é o que vejo! Pouquíssimos casos pontuais e depois de muiiiiita luta!!!!!!
Achei interessante o artigo. No entanto, questiono o conceito de inclusão apresentado. Aqui no Brasil, isto que acontece lá é integração, não inclusão, visto que “Para a criança com autismo participar das classes deste programa, ela precisa apresentar alto desempenho e ser capaz de participar das tarefas daquele ano/série escolar.” Aqui há a diferenciação, onde o paradigma da integração está vencido e a inclusão é um desafio ou um processo, a depender do Estado da Federação. O conceito brasileiro de inclusão trata da escola receber todo e qualquer estudante, com ou sem deficiência ou outra condição. Assim, gostaria de ter acesso a um outro artigo complementar, que diria como são atendidos os estudantes com maior grau de comprometimento. Grata.
Oi Márcia, agradecemos seu comentário para enriquecer nossa discussão, pois nossa intenção ao escrever oartigo era disseminar informações e promover um diálogo sobre a educação inclusiva. Já tivemos observações similares às suas em dois dos comentários publicados na discussão acima, e assim como respondemos a eles, respondemos agora a você. Notamos que o ASD Nest Program, por enquanto, é disponibilizado para uma parcela das crianças com diagnósticos do espectro do autismo, aquelas que conseguem acompanhar e participar dos trabalhos de sala de aula. *****No arquivo do link a seguir, http://schools.nyc.gov/NR/rdonlyres/3145BEDF-9742-4EBB-A7E0-CEB1402FCEE9/0/ASDFamilyResourceGuideEnglish.pdf, podemos ver que o departamento de educação da cidade de Nova Iorque disponibiliza um outro programa educacional em classes especiais, O ASD Horizon, para as crianças com autismo que ainda não podem participar do Nest Program. O mesmo documento informa que assim que a criança desenvolve as habilidades sociais e cognitivas para participar de classes inclusivas, a inclusão é estimulada.*****Na nossa opinião, o Nest Program poderia buscar aprimoramento nessa questão para proporcionar uma educação inclusiva acessível a crianças com autismo que não apresentam ainda as habilidades consideradas de alto desempenho. Todavia, acreditamos que os pontos para aprimoramento não tiram o mérito de inúmeros pontos positivos desse modelo que, se estudados e reproduzidos em mais escolas, poderiam beneficiar a educação inclusiva como um todo. *****A presença de dois professores, um deles com formação em educação especial, e mais um profissional mediador em sala de aula (especialmente se ele também tiver formação em educação especial), poderiam talvez tornar um modelo similar ao Nest Program acessível a crianças com autismo com maiores dificuldades sociais, cognitivas, motoras e sensoriais. O que você acha desta ideia?**** Nós temos trabalhado com o apoio a classe inclusivas em diversas regiões do Brasil, tanto com crianças com autismo que apresentam alto desempenho como crianças com autismo que apresentam maior atraso no desenvolvimento de suas habilidades e observamos ótimos resultados quando um profissional mediador com formação em educação especial e especialização em estratégias para o ensino-aprendizagem de estudantes com autismo está presente em sala de aula e trabalha em parceria com o professor da sala.**** Quanto à diferenciação entre integração e inclusão, em nosso entendimento, na integração os estudantes de desenvolvimento atípico que estavam presentes na escola não eram incluídos, pois a escola não os acolhia realmente tornando o processo de ensino-aprendizagem acessível a eles, eram os estudantes que precisavam se adaptar à escola e às estratégias educacionais aplicadas na escola. Já na inclusão, a escola acolhe os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem, utilizando ferramentas de ensino que tornem a aprendizagem acessível a todos os seus estudantes. Acreditamos que apenas manter um estudante na escola sem realmente tornar o ensino-aprendizagem acessível a ele não configura real inclusão, nos remete à integração. Nessa perspectiva, acreditamos que o Nest Program, dentro de suas limitações, oferece um modelo eficaz de verdadeira inclusão para os estudantes com autismo que já acolhe. E como mencionamos acima, torcemos para que uma evolução do programa o torne acessível a ainda mais pessoas no espectro. Neste artigo divulgamos ideias sobre uma atual proposta inclusiva para crianças com autismo. É nossa visão que um dia não precisaremos mais diferenciar entre educação e educação inclusiva, chegando a um ponto no qual toda educação será inclusiva (e para todos, não só em referência a crianças com autismo), quando então não precisaremos mais do adjetivo para qualificá-la como “inclusiva”. Muito obrigada por contribuir para nosso diálogo. Adoraríamos ouvir mais de você!
Trabalho com pessoas autistas à 20 anos na área da psicomotridade e na capacitação do apoio de inclusão em sala de aula. Utilizo o fundo da sala de aula como ambiente de regulação, forrando- o com com colchonetes de espuma, adicionando outros materiais que possam promover regulação sensorial e dá certo!!! Incluir os pedais embaixo da carteira é uma proposta genial e vou aderi-la com certeza!!
Para acomodação dos membros inferiores tenho proposto uma almofada preenchida com areia no colo da criança, de modo que, ela possa se sentir confortável e organizada. Mas a proposta dos pedais para esta acomodação, me parece altamente funcional!!! Agradeço pela matéria, pois muito vêm a acrescentar no meu trabalho!!
Rosangela, obrigado pelas preciosas dicas sobre estratégias de regulação que têm beneficiado seus estudantes!!!! Nós também temos utilizado acessórios como uma manta pesada ou uma almofada de areia no colo da criança com ótimos resultados para, através do estímulo proprioceptivo, promover organização, calma e conforto.
Adorei a materia , tenho uma escola especial e atualmente temos uma unidade regular inclusiva , ja estamos fazendo a inclusao de algumas criancas e com td acompanhamento da nossa equipe tecnica da unidade especial , bem como dis materiais adaptados tb . É um desafio pois p dar certo temos que saber quem incluir e como fazer . Gostei muito da materia qdo colocam sobre O nivel da crianca autista , pois no brasil infelizmente as leis sao impostas e sem critérios p sua utilização, talvez seja isso q dificulte tanto a inclusão no nosso país . Coloco a disposicao p quem quiser conhecer nosso trabalho ,que a cada dia vem nos desafiando a novos conhecimentos e juntar se a nós .
Silvana, ficamos felizes de saber que vocês no Colégio Integrar têm incluído crianças com desenvolvimento atípico com o apoio de uma equipe multidisciplinar e com a elaboração de materiais adaptados para a acessibilidade de seus estudantes! Concordamos com você que apenas inserir a criança no dia a dia da escola por conta de uma lei não basta para realmente inclui-la. É nossa intenção auxiliar no preparo da escola e de toda a comunidade para que as crianças sejam INCLUÍDAS de verdade! Gostaríamos de saber mais sobre as estratégias utilizadas por sua escola, por favor. Muito obrigada!
oi
sou professora mediadora de crianças com autismo e estou precisando de material de apoio para realizar o meu trabalho.
com certeza este material irá me ajudar bastante
Oi Dulcinéia, que bom que o artigo foi útil para você. Sugerimos que você cheque os outros artigos em nosso blog que dão ideias de atividades para o ensino-aprendizagem de crianças com autismo. Aqui está o link para a lista com os artigos do blog: https://www.inspiradospeloautismo.com.br/artigos-da-inspirados-pelo-autismo/
Ótima matéria, com certeza estar sendo informado sobre as diversificadas maneiras de incluir colocando sempre a qualidade e o bem estar do aluno, com certeza faz a diferença. Grata por compartilharem
Ivana, agradecemos seu comentário e ficamos felizes em disseminar informações que acreditamos que podem beneficiar a educação de nossas crianças!
Que lindo esse projeto, isso irá fazer uma grande diferença na vida dessas crianças, seria um sonho poder pelo menos ir vê esse projeto de perto.
Antônia, queremos aplicar várias das ideias do projeto no Brasil também!
Bom dia!
Belíssima matéria.Seria muito bom se pudéssemos executar aqui também o programa.A qualidade de ensino e aprendizagem ia melhorar muito.Sou Psicopedagoga e trabalho com autista.A dificuldade quando você vai as escolas propor mudanças ainda são resistentes.Busco a cada dia mais informações.
Obrigada por compartilhar.
Oi Maria Inês, obrigado pelo comentário. Torcemos para que a divulgação de informações a auxilie a propor e a concretizar mudanças positivas nas escolas com as quais você trabalha!
Agradeço a partilha destas iniciativas e conhecimentos. Todos os anos tenho alunos com diagnósticos bem diferentes, a minha preocupação é conhecer muito bem o contexto do(a) aluno(a), fazer uma investigação diferenciada e leituras orientadas com o objetivo de organizar o meu Caderno Pedagógico enquadrado com o perfil do aluno em questão.
Não existem crianças iguais, as realidades são todas diferentes, é preciso realizar um bom trabalho, com dedicação e amor….
Só tenho a dizer: é muito gratificante e maravilhoso….
Saudações, Profª Fátima Loureiro
OBRIGADA!
Fátima, agradecemos por nos contar sobre suas experiências. Parabéns pelo trabalho personalizado com cada criança com quem você trabalha. Sim, cada criança é única e uma educação inclusiva eficaz pede uma investigação diferenciada e um conjunto personalizado de estratégias. Obrigado!
Que ótima reportagem. As escolas deveriam prestar atenção às acoes la adotadas. Tive que retirar meu filho -Davi – da escola Caroina Patrício no Rio, porque essa não especializa as docentes e não permitia à troca de informações com os pais e profissionais que faziam parte do tratamento dele. Um absurdo!! Escola retrógrada que não Quer seguir as novas diretrizes em prol dos portadores de TEA. Uma pena, além de tratar-se de uma prática criminosa.
Olá Carlos, agradecemos por compartilhar sua experiência com a escola de seu filho. Torcemos para que você, sua família e seu filho tenham muitas experiências positivas nas próximas instituições de ensino das quais ele venha a participar. O que você acha de encaminhar esse artigo para a atual escola de seu filho e fomentar o diálogo com a atual equipe da escola?
Olá Mariana! Moro em Florianópolis e participei de um workshop com vocês. Sou pedagoga de educação especial, quase me aposentando aqui na UFSC, e fazendo aos poucos minha mudança para Stamford, Connectcut onde moram meus filhos. Gostaria de continuar trabalhando com crianças especiais nos EUA, por isso tenho interesse em fazer um estagio/curso para me habilitar. Agora em 2017 ficarei por 2 meses lá com o objetivo de melhorar o ingles. Mas, em 2018 irei por 2 ou 4 meses para aprender mais sobre autismo e tentar me inserir neste contexto de trabalho.
Grata pela atenção
Evandra
Olá Evandra, obrigada por nos enviar notícias suas! Ficamos felizes em saber que você irá morar pertinho de seus familiares e que continuará a trabalhar com nossas crianças. Por favor, continue a nos enviar notícias, estamos curiosos para saber como será o seu curso/estágio em 2018.
muito bom a forma como estar sendo repassado esta abordagem ,quero também agradecer por nos manter sempre informados isso é gratificante e enriquecedor para nos bjs .
Maria de Fátima, obrigada pelo comentário. É um prazer divulgar informações que acreditamos que são úteis para familiares, profissionais e pessoas com autismo.
Olá,
Estamos engajados na inclusão de alunos com o diagnóstico do autismo.
Gostei muito das sugestões e pretendo continuar a ler sobre o trabalho de vocês.
Alegro-me em fazer contatos com outros profissionais envolvidos com a busca de melhorias para os nossos educandos.
Grande abraço
Silvani, agradecemos seu comentário e ficamos felizes de saber que o artigo que escrevemos trouxe informações úteis para você! Abraços!
Tenho um aluno portador de autismo em minha sala. Tenho pesquisado muito,mas não conhecia esse projeto. Fiquei maravilhada.
Maria Lúcia, nós também vimos várias qualidades nesse projeto de inclusão educacional. Torcemos para que as ideias tragam ótimos frutos para seus alunos!
Estou muito feliz com essa matéria. Sou professora de sala multifuncional e atendo autistas. Fiquei mais feliz ainda porque não estou fora desse método, minha escola confia no nosso trabalho e por isso procuramos fazer o melhor para essas crianças e eu procuro ensiná-las da maneira que elas aprendem, criamos ambientes onde elas se sintam mais à vontade.
Silvana, que ótimo que você tem a perspectiva de ensinar da forma como suas crianças aprendem! Parabéns! Dê uma olhada na página do Facebook da Inspirados pelo Autismo. Compartilhamos ontem um vídeo sobre uma sala sensorial para estudantes com autismo na escola. A matéria pode ser interessante para você.
Achei bem interessante, gostaria de receber mais informações
Fiquei encantada com iniciativa. Gostaria de receber ideias e sugestões para o trabalho com crianças autistas considerando que onde atendo não temos condições de uma sala específica para o trabalho regulador, infelizmente. Temos que improvisar em salas comuns de aula, cheia de estímulos, é um desafio conseguirmos avanços.
Gostaria de artigos em português. Precisamos nos preparar cada vez mais para atender crianças com espectro autista.
Obrigada pelas orientações. De ontem pra hoje já li vários artigos sobre o assunto, até filme assisti (Farol das Orcas). Diante dos estudos realizados percebi que às vezes com coisas tão simples podemos alcançar grandes objetivos. Vou acompanhar os cursos de vocês.
Meu filho é autista , quero ir à Disney passear com ele , mas em setembro do ano passado tentei o visto e não consegui este final de ano vou tentar novamente, alguém tem uma dica para me dar? Obrigada
Sou professora de Educação Infantil e séries iniciais em escola pública. Nesses 22 anos de atuação sempre atendi crianças com necessidades especiais, tenho um filho autista atualmente com 8 anos e percebi, na ultima década um aumento no número de autistas, principalmente os autistas leves que chegam na educação infantil ainda sem diagnóstico mas com um funcionamento diferente. Tenho estudado bastante sobre o tema e frequentemente flexibilizo minha atuação em sala de aula para atender a todas as crianças efetivando desenvolvimento. Adorei a matéria acima e penso que seria muito interessante pensarmos em intercâmbios de aprendizagem entre os professores para que o atendimento às crianças seja cada vez mais adequado ao desenvolvimento de cada uma delas.
Aqui no DF nossas classes são formadas por dois autista e um professor, em escola classe regular, e em centros de ensinos especiais temos um atendimento bem diferenciado, as vezes 4 alunos e dois professores.