Dar voltas pelo quarto de brincar em cima de um tecido, simulando um voo de avião.
Metas principais:
Aprendizado de matemática (operações de adição).
Participação em brincadeira simbólica.
Ação motivadora (o papel do adulto):
O adulto leva a criança para dar voltas pelo quarto de brincar sobre um tecido simulando um divertido e emocionante voo de avião pelo quarto de brincar. O avião pousará próximo a um supermercado, onde a criança e o adulto poderão fazer compras, como ilustrado no vídeo abaixo.
Solicitação (o papel da criança):
A criança poderá escolher os produtos do supermercado e depois será motivada a somar a quantidade de produtos escolhidos.
Estrutura da atividade:
Como iniciar a atividade com entusiasmo?
O adulto usa empolgação para convidar a criança para dar voltas ou giros pelo quarto sobre um tecido, como se estivesse num voo de avião. O avião voará pelo quarto diversas vezes e o adulto pode explicar à criança que quando o avião estacionar, eles terão chegado a um supermercado (mais motivador ainda se for a representação de um supermercado que a criança conhece e gosta de frequentar em sua cidade).
O adulto então estabelece uma atividade cíclica em que ele leva a criança para dar voltas pelo quarto no tecido. Após 1 a 5 voltas, o adulto afasta-se fazendo suspense e, de forma previsível volta a levar a criança para dar voltas novamente, repetindo diversos ciclos sem pedir nada à criança, apenas fazendo a ação motivadora de graça, pausando por alguns segundos, fazendo a ação novamente, pausando, e assim por diante.
Como fazer uma solicitação divertida?
O adulto poderá se divertir com a criança enquanto a leva pelos voos no quarto e, quando notar que a criança está altamente conectada, demonstrando este interesse através de olhares, sorrisos, gestos, sons ou palavras, o adulto pode anunciar animadamente que eles chegaram ao supermercado.
O adulto poderá mostrar para a criança um cartaz com alguns produtos de supermercado afixados. Ao elaborar o cartaz e os produtos, você poderá escolher bebidas e comidas que a sua criança goste. O adulto então explica que eles vão poder escolher algumas bebidas e algumas comidas, destacando estes itens do cartaz e colocando-os em cima de outro cartaz menor. Neste cartaz menor, poderão existir campos em branco (por ex.: ___ + ___ = ___).
O adulto ajudará a criança a contar a quantidade de itens de bebidas e a quantidade de itens de comida. Cada quantidade será anotada pelo adulto nos campos do cartaz menor. Depois, o adulto e a criança farão a operação de adição, contando todos os itens selecionados e chegando à soma total dos itens escolhidos. A soma total também será anotada no cartaz menor.
A solicitação para que a criança destaque os itens de supermercado do cartaz e depois realize a contagem e a soma dos mesmos é feita através de um convite animado, e não uma ordem. As tentativas da criança de escolher os produtos, de contá-los e somá-los são então comemoradas carinhosamente pelo adulto.
Após realizarem a primeira compra no supermercado, o adulto convida animadamente a criança para uma nova volta pelo quarto, e um novo ciclo da brincadeira se inicia.
É possível realizar a atividade com dois adultos facilitadores e uma criança?
Esta atividade poderá ser realizada entre um adulto facilitador e uma criança e, dependendo do estágio de desenvolvimento da criança, a atividade poderá sim ser também conduzida por dois adultos facilitadores.
Uma das vantagens de realizar sessões a três é que, enquanto um adulto pode conduzir a atividade, o outro pode ser um modelo social para a criança de como agir na brincadeira, facilitando a compreensão e o engajamento na atividade. O adulto que conduz a atividade pode então dar explicações ao outro facilitador e e celebrar a participação dele na brincadeira, motivando a criança a também realizar as tentativas.
Acesse o vídeo abaixo para assistir a um trecho da sessão realizada pelas nossas consultoras com essa atividade interativa:
Variações:
Quando a criança já consegue somar as duas categorias de produtos com facilidade, podemos ajustar o grau do desafio desta atividade criando mais categorias a serem somadas. Por exemplo, em vez de somar duas categorias (alimentos e bebidas), o adulto pode convidar a criança a somar três ou quatro tipos de produtos diferentes, aumentando o “carrinho” de compras. O cartaz menor poderá então ter o formatos ___ + ___ + ___ = ___ ou ___ + ___ + ___ + ___= ___.
Para ajudar a criança a manter-se motivada durante a interação e prolongar o tempo de duração da atividade, podemos inserir em alguns ciclos pequenas variações na ação motivadora como, por exemplo, o adulto mostrar que o avião está voando em diferentes altitudes, enfrentando uma tempestade, passando por cima de cidades ou voando em câmera lenta. Caso vocês estejam realizando uma sessão a três, a criança pode ser inicialmente levada por um adulto só, e então o outro adulto facilitador pode ser anunciado, entrar no quarto com uma fantasia diferente e seguir no voo com a criança em direção ao supermercado. O adulto pode ainda cantar músicas ou representar personagens que a criança goste enquanto a leva para dar voltas de avião pelo quarto.
Se a criança se interessar por dar giros pelo quarto, mas nós desejarmos trabalhar a meta de número-adição associada a uma meta diferente, como, por exemplo, a comunicação verbal expressiva, podemos pedir que a criança fale o número de itens de cada categoria de produtos, nomeie cada produto ou que ajude o adulto a contar o número de voltas dadas pelo quarto no avião.
Já se a meta for aumentar ainda mais a participação da criança na brincadeira simbólica, podemos oferecer o “passeio pela cidade” (no quarto) de diferentes modalidades – de avião (em cima do tecido), à cavalo (com a criança de “cavalinho” nas costas do adulto), de carro (o adulto pode levar a criança dentro de uma caixa), etc. O adulto também pode criar situações específicas, por exemplo: Imagine que vamos assistir a um filme em casa, então que comidas e bebidas vamos comprar no supermercado? Ou vamos imaginar que nossa família vai para o clube, o que a gente vai levar do supermercado para o lanche? Podemos também convidar a criança a expandir o jogo simbólico e continuar a trabalhar a matemática pagando com dinheiro de brincadeirinha o valor final da compra e receber do caixa o troco.
Se a nossa criança não se interessar por dar voltas no quarto, podemos manter a mesma estrutura e meta da brincadeira e oferecer ações motivadoras diferentes como, por exemplo, cócegas, massagens, pular na cama elástica, pular na bola de Pilates, etc. Nossa experiência tem nos mostrado que algumas crianças apreciarão por si só a experiência de simular uma compra no supermercado e, nesse caso, olhar o cartaz e escolher os produtos já serão ações motivadoras empolgantes e interessantes para elas.
As consultoras Fernanda e Jaqueline e toda a Equipe da Inspirados pelo Autismo agradecem à família pela cessão do vídeo e pela possibilidade de compartilhá-lo em nosso site.
Ao fortalecer o vínculo com sua criança com autismo você poderá ajudá-la ainda mais a desenvolver as suas habilidades de comunicação e interação social.
Veja abaixo três passos simples para você sentir maior apreciação em suas interações e construir ou fortalecer um vínculo com sua criança com autismo:
Primeiro passo
Observe a atividade favorita de sua criança (uma atividade que não apresente comportamentos indesejados como choro, gritos, agressões, destruição de materiais ou qualquer atividade que ponha em risco a integridade física da pessoa, de outros ou dos materiais). Ela gosta de alinhar objetos, pular na cama, rodar em círculos, fazer sons com sua boca ou com objetos, desenhar, construir uma torre, falar sobre dinossauros ou sobre algum personagem? Observe a atividade e faça com ela. Corra com ela, pule, deite-se no chão e alinhe os carros com ela. Se ela estiver utilizando objetos na atividade e não quiser compartilhá-los com você, encontre objetos similares para utilizá-los da mesma forma que ela. Faça o que ela estiver fazendo mesmo que a atividade pareça uma tolice sem propósito. Se ela quiser a sua ajuda, a ajude! A princípio, não tente guiar ou direcionar, apenas siga a criança.
Segundo passo
Enquanto você acompanha a criança na atividade dela, procure envolver-se genuinamente com a atividade. Desapegue-se de quaisquer outros pensamentos para que você possa estar “presente” na atividade. Não pense no que as outras pessoas iriam pensar se elas vissem você correndo e balançando as suas mãos. Permita-se brincar como a sua criança! Se você não consegue ou não se sente à vontade para fazer exatamente o que ela faz, faça o que você conseguir ou se sentir à vontade para fazer. Por exemplo, se você está com a perna machucada e a criança está pulando na cama elástica, você pode acompanhá-la do lado de fora da cama elástica balançando seu corpo e braços no mesmo ritmo que ela. O importante é estar confortável na atividade.
Terceiro passo
Uma vez envolvido na atividade, comece a procurar uma forma de apreciar esta experiência e a criança que você está acompanhando. Você pode notar o entusiasmo de sua criança e sentir-se grato por ela ter encontrado uma atividade que ela claramente gosta. Você pode prestar atenção aos estímulos sensoriais interessantes ou prazerosos que a atividade traz para você – o que você sente no seu corpo ao fazer a atividade, como você vê as coisas durante a atividade, ou algum som que você ouve. Você pode sentir-se grato pela companhia da criança. Encontre algo em relação a esta atividade que você consegue genuinamente apreciar. Daí foque neste sentimento de apreciação enquanto você continua a seguir sua criança. Esteja consciente de como você se sente neste estado de apreciação e gratidão enquanto você acompanha sua criança na atividade escolhida por ela.
Que tal experimentar os três passos acima com a sua criança e depois contar para a gente como você se sentiu? Acha que essas dicas podem ser úteis para os seus familiares e amigos? Então, ajude-nos a compartilhá-las pelas redes sociais clicando nos ícones abaixo.
Quer aprender mais sobre a abordagem relacional, lúdica e motivacional da Inspirados pelo Autismo para ajudar a sua criança com autismo? Participe de nossos cursos e aprenda mais estratégias práticas para aplicar no dia a dia com sua criança com autismo.
O programa infantil Vila Sésamo e seus divertidos personagens ganharam uma incrível novidade: Julia, uma garotinha com autismo que agora faz parte do grupo de “muppets” que compõe o universo da Vila Sésamo.
A personagem Julia surgiu a partir da campanha Sesame Street and Autism: See Amazing in All Children, que tem como objetivo promover o conhecimento e a conscientização sobre o autismo entre crianças, adolescentes e adultos. O foco da campanha é ajudar famílias de crianças com dois a cinco anos por meio de recursos digitais.
Entre as iniciativas da campanha está o lançamento de um app com download gratuito (na Língua Inglesa) com vídeos contendo vivências das famílias, cartões de rotina diária criados para facilitar as tarefas do dia a dia, e um livro com histórias que pode ser utilizado por pais, profissionais, cuidadores e instituições educacionais que apoiam pessoas com autismo.
As aventuras envolvendo Julia e os demais personagens da Vila Sésamo retratam de forma lúdica e carinhosa as características da personagem e oferecem dicas sobre como interagir e se relacionar com as crianças com autismo. O livro com histórias, por exemplo, explica aos amiguinhos de Julia que vão chegando como às vezes ela pode se expressar e brincar de uma forma singular.
O aplicativo e os vídeos on-line explicam como o autismo se manifesta a partir da perspectiva de uma criança com autismo, e “Isto é o que faz o nosso projeto tão único” disse a Dra. Betancourt, vice-presidente da US Social Impact, à revista americana People. Ela ainda ressalta que, desenvolvendo os conteúdos a partir do ponto de vista de uma criança, fica mais fácil ensinar aos seus pares como entender comportamentos como balançar as mãos ou fazer ruídos para expressar emoção, empolgação ou infelicidade. Isso torna as crianças mais confortáveis e cria um ambiente mais inclusivo.
A campanha deseja ressaltar, contudo, muito mais as similaridades entre as crianças como um todo do que diferenças entre elas, promovendo o respeito, a tolerância e a união. Para a Dra. Betancourt, “Nosso objetivo é levar adiante o que todas as crianças têm em comum, e não suas diferenças.” Para isso, as histórias envolvendo a personagem Julia buscam destacar também os pontos em comum entre as crianças, em vez de se concentrar apenas nas diferenças.
Assista ao vídeo musical (em inglês) de abertura da campanha, chamado The Amazing Song, que mostra como cada criança é única e especial em sua própria maneira:
Você poderá compreender melhor a sua criança com autismo e saber como ajudá-la em sua rotina diária capacitando-se em nossos cursos. Vem aí os novos cursos da Inspirados pelo Autismo para 2016, aguardem!
Quer contar sobre a nova personagem Julia do Vila Sésamo aos seus amigos? Então, nos ajude a divulgar esse post compartilhando-o em suas redes sociais.
Listamos abaixo 5 questionamentos que podem ajudar no momento de escolher uma instituição de ensino regular para a sua criança ou adolescente com autismo:
Ponto 1: como a escola se posiciona em relação a receber a criança ou adolescente com autismo?
Embora seja garantida pela legislação, a inclusão de pessoas com autismo no ensino regular vem se desenvolvendo aos poucos no Brasil. Ou seja, embora a Lei 12.764 tenha reforçado os direitos das pessoas com autismo ao ensino regular na Educação Básica e no Ensino Profissionalizante, muitas escolas ainda estão se capacitando e aprendendo sobre o autismo. Não é raro encontrarmos professores que estão recebendo, pela primeira vez, um aluno com o diagnóstico, sendo que, muitas vezes, o processo de inclusão ocorre num esforço conjunto entre professores, pais e os próprios alunos. Então, o que fazer diante desse cenário? Primeiramente, você poderá conversar com profissionais e outros pais em sua região. Depois, você poderá fazer um levantamento das escolas existentes e visitar cada instituição para tentar perceber como está se desenvolvendo o processo de inclusão em cada escola. E o que pode fazer uma escola se destacar frente às demais? O respeito pela criança ou adolescente com autismo, o desejo genuíno em auxiliar no desenvolvimento daquele aluno, a flexibilidade para trabalhar as adaptações que se fizerem necessárias no ambiente escolar e a capacidade de articular um trabalho em conjunto, dentro da própria escola (com a diretoria e coordenação pedagógica, professores, mediadores e profissionais do atendimento especializado) e fora da escola (com pais e com os outros profissionais que auxiliam a criança) são aspectos importantes. A possibilidade de envolver os demais alunos da classe e seus pais no projeto de inclusão também é um ponto a ser considerado (por exemplo, poderão ser realizadas conversas com os coleguinhas e com seus pais sobre formas de colaborar e conviver com o aluno com autismo na sala de aula e nas dependências da escola). Ou seja, você pode não encontrar entre as escolas da sua cidade uma instituição que já esteja totalmente preparada para receber a sua criança ou adolescente com autismo, mas esteja atento ao posicionamento demonstrado pela escola e por sua equipe. Temos recebido muitos profissionais de escolas que estão participando de nossos cursos para saber como lidar com seus primeiros alunos com autismo, o que tem sido fantástico! São professores que estão buscando entender mais sobre o autismo e sobre as características daquele aluno em específico, para elaborar a partir daí um plano de ensino que seja adaptado e eficaz. Temos acompanhado também muitos pais que encontraram escolas receptivas e com uma atitude bastante positiva frente ao aluno, e que estão compartilhando com estas escolas os conhecimentos já adquiridos sobre o autismo: não tem sido incomum partir dos próprios pais a iniciativa de dividir com a escola livros, filmes e materiais que auxiliem a inclusão do aluno e sua permanência na escola no dia a dia. Há pais que chegam a inscrever professores e educadores em cursos para que eles aprofundem seus conhecimentos sobre o autismo, demonstrando um grande esforço e empenho no processo de inclusão dos seus filhos.
Ponto 2: a escola encontrará meios que possibilitem manter um diálogo constante com a família e com os profissionais que auxiliam a criança ou adolescente fora da instituição de ensino?
Se você já tem em mente algumas escolas que parecem adequadas à sua criança ou adolescente com autismo, cabe então averiguar se os profissionais dessa escola estão motivados para uma comunicação constante com vocês pais e com os outros profissionais que acompanham a pessoa com autismo. Qual a importância dessa comunicação? Antes de tudo, a comunicação possibilita a troca de informações que podem ser cruciais para o cotidiano do aluno na escola. Quais são as sensibilidades do aluno? Quais são os interesses e motivações desse aluno? Como auxiliar o aluno diante de uma sobrecarga sensorial? Quais tratamentos o aluno vem fazendo e quais aspectos têm sido trabalhados nesses tratamentos? O espectro do autismo é amplo de maneira tal que uma criança com autismo pode ser bastante diferente da outra. Ou seja, para que aquela criança ou adolescente possa se adaptar à escola, será necessário que a escola atente-se às suas necessidades individuais. O fato de a escola ou de o professor já ter tido uma experiência prévia com outro aluno com autismo não garante o sucesso na inclusão de um novo aluno, pois os sintomas do autismo podem se manifestar de formas diferentes entre as pessoas com o diagnóstico. Além disso, uma mesma pessoa com autismo pode passar por períodos de maior sensibilidade sensorial, pode demonstrar mudanças em seus padrões de comportamento devido a dietas e tratamentos biomédicos e pode ainda ter altos e baixos em seu continuum de aprendizados, devido ao funcionamento de seu corpo e ao seu estilo próprio de aprendizagem. Logo, se houver uma troca constante de informações, maiores as chances de a inclusão do aluno alcançar mais sucesso. Essa troca de informações pode ainda assumir um papel vital ao fortalecer o vínculo de confiança entre a escola e os pais. E como promover esse diálogo? Através de reuniões periódicas na escola e também do contato mais diário por meio de anotações detalhadas e cuidadosas na agenda do aluno, em ambos os sentidos – tanto os pais e profissionais podem comunicar à escola alterações e fatos observados no dia a dia, como a escola também pode explicitar comportamentos e acontecimentos desenrolados em seus turnos. A comunicação pode ajudar todas as pessoas que auxiliam a criança ou adolescente com autismo a se antecipar e estar mais bem preparados para eventuais momentos de crise, como também pode ajudar a alcançar e reforçar a aquisição de habilidades e sua generalização para os distintos ambientes. Ou seja, a comunicação é um aspecto vital e é bastante importante conversar com a escola sobre maneiras de propiciar a troca constante de informações.
Ponto 3: a escola tem a intenção de promover a interação entre o professor regente, o professor auxiliar/mediador e o profissional do atendimento especial da criança ou adolescente com autismo?
Pessoas com autismo podem ter uma forma de aprender diferente. Elas tendem a absorver melhor informações visuais, podem conseguir lidar com mais facilidade com atividades fragmentadas em pequenas etapas e podem ser extremamente talentosas em áreas específicas, como as que envolvem a memorização de fatos e de sequências numéricas. Devido às características de seu sistema sensorial, o aluno com autismo pode precisar de momentos de pausa e de exercícios, massagens e movimentos. É papel do professor auxiliar/mediador intermediar a relação do aluno com autismo com o professor regente e com a classe e, devido à importância que essa intermediação assume, recomendamos que seja averiguado e discutido com a escola como a interação entre professor auxiliar/mediador e o professor regente ocorrerá. Nas escolas que oferecem um atendimento especializado no contra turno, as estratégias de ensino desenvolvidas pelos profissionais do atendimento especial também devem estar alinhadas às necessidades identificadas em sala de aula regular e aos desafios atuais do aluno. Você poderá procurar saber como a coordenação pedagógica da escola planeja estruturar a relação de sua própria equipe, e como será a integração do mediador com os profissionais da escola.
Ponto 4: a escola considera proporcionar adaptações físicas na classe para a criança ou adolescente com autismo?
Um projeto de inclusão deve levar em conta tanto o esforço do aluno em se adaptar à escola, bem como da escola em se adaptar ao aluno. No caso das pessoas com autismo, as adaptações podem incluir aspectos físicos do ambiente escolar, assim como aspectos ligados à metodologia de ensino. Quanto aos aspectos físicos do ambiente escolar, conhecer as características do aluno e tentar minimizar os estímulos sensoriais que podem afetar a sua permanência na escola são os primeiros passos para uma inclusão bem sucedida. Antes de tudo, porém, é necessário conversar com a escola e antecipar possíveis mudanças, que podem ser implementadas conforme os sinais que a criança ou adolescente mostrar no período de adaptação à escola. Estas mudanças podem englobar a posição do aluno na sala (mais próximo do quadro e da professora regente, ou num local mais calmo e silencioso da classe, conforme as suas necessidades), o modelo de mesa e carteira (que poderão ficar mais confortáveis com inclinações diferentes ou com acessórios como almofadas), o uso de quadros de rotinas e de outros instrumentos de apoio visual, a criação de um espaço ninho (onde a criança possa se retirar quando precisar equilibrar-se sensorialmente), etc. Os pais poderão compartilhar adaptações que já são feitas em casa e pensar junto da escola em como implementá-las na classe.
Ponto 5: a escola está disposta a oferecer uma plano pedagógico individualizado para a criança ou adolescente com autismo?
A adaptação da escola não se limita aos aspectos físicos. Muitas vezes é preciso encontrar formas diferentes de atrair a atenção e propiciar engajamento nas tarefas em classe. Pode ser necessário também adaptar o método de ensino, personalizando para aquele aluno a exposição aos conteúdos que estão sendo trabalhados pela turma. Os interesses e as motivações do aluno podem ser habilmente utilizados para impulsionar a sua participação em atividades acadêmicas. Logo, deve-se investigar se escola está disposta a oferecer um plano de ensino personalizado para o aluno com autismo.
Quer saber mais sobre como escolher uma escola para a sua criança com autismo?
Uma série de reportagens publicadas pela Revista Escola sobre a inclusão escolar de pessoas com autismo ressalta que as instituições de ensino passam por um momento de “construção” e que o processo de inclusão está sendo desenvolvido no dia a dia, o que reforça a necessidade de parceria com os pais. Em um vídeo mostrado nesta mesma série de reportagens, o processo de inclusão do aluno Matheus de 14 anos em uma escola pública é comentado por sua mãe, suas professoras e suas colegas de classe. A professora Márcia Martinelli conta no vídeo, por exemplo, como ela usou o interesse de Matheus pelos números e pelas placas de carro e a sua grande habilidade em memorizá-los para neutralizar os barulhos e a agitação da classe, mantendo Matheus focado dentro da sala. Acesse essa série de reportagens e conheça mais sobre a experiência de Matheus.
No blog Lagarta Vira Pulpa escrito por Andréa, mãe do Theo, há uma relação com indicação de escolas em vários estados do Brasil. Veja as instituições recomendadas pelo blog de Andréa em sua região e troque informações com outros pais e profissionais!
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E para conhecer os nossos cursos especiais sobre a nossa abordagem lúdica, motivacional e responsiva e sobre as nossas estratégias para Inclusão Escolar, clique aqui.
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Saiba como ajudar crianças com autismo no desenvolvimento da comunicação lendo as nossas novas atividades interativas e assistindo aos fantásticos vídeos que disponibilizamos a seguir! Veja como a consultora da Inspirados pelo Autismo adapta a temática de brincadeira “Voar no Avião” a duas crianças em diferentes estágios do desenvolvimento de habilidades:
Voando no avião (na rede)
Interesses:
Os personagens do desenho animado dos Backyardigans e balançar na rede.
Metas principais:
Comunicação verbal (responder perguntas iniciadas com o pronome “Quem”).
Desenvolver período de atenção compartilhada de 15 min ou mais.
Ação motivadora (o papel do adulto):
A ação motivadora é ser balançado na rede pelo adulto, o que simula a sensação de voar num avião. Os personagem dos Backyardigans acompanham a criança no voo do avião, tornando a atividade ainda mais interessante para ela.
Solicitação (o papel da criança):
A criança responde às perguntas do adulto, perguntas essas sempre iniciadas com o pronome “Quem”. O adulto perguntará sobre algum personagem específico dos Backyardigans e aguardará que a criança observe as imagens coladas à parede e identifique cada personagem pela sua cor, respondendo então o nome do personagem que voará de avião com ela.
Estrutura da atividade:
O adulto fixa na parede do quarto algumas informações sobre a atividade para a criança. Em um papel tamanho A4, o adulto escreve a pergunta: Quem vai voar no avião?, destacando com uma cor diferente a palavra “Quem”. O adulto também fixa imagens coloridas relacionadas ao desenho dos Backyardigans, tais como cenas do desenho, e fotos individuais e coloridas de cada um de seus personagens (os personagens podem ser colocados lado a lado). É importante que fique bem claro nas fotos dos personagens uma cor específica, pois a cor será utilizada pela criança para identificar o personagem da vez. O adulto deve escrever ainda, em tiras de papel, as perguntas: “Quem é azul?”, “Quem é amarelo?”, e assim por diante (uma pergunta para cada personagem do desenho). As tiras de papel com as perguntas podem ser colocadas numa caixa ou numa sacola.
Depois, com uma voz e uma postura divertidas e apresentado-se com empolgação e entusiamo, o adulto explica à criança que eles vão voar de avião com os personagens dos Backyardigans. Se a criança se interessar pela atividade, o adulto a balança na rede por algum tempo, podendo aproveitar esse momento para cantar músicas dos Backyardigans ou para fazer algum suspense sobre quem serão os personagens do desenho que voarão com a criança no avião. O adulto se diverte com a criança por alguns minutos, sem realizar nenhum solicitação específica, apenas interagindo com ela e modelando a pergunta “Quem?” . Por exemplo, o adulto pode dizer: “Que gostoso voar no avião. Você sabe quem vai voar no avião com a gente? Os Backyardigans!”.
O adulto então estabelece uma atividade cíclica em que ele balança a criança na rede por alguns momentos, afasta-se fazendo suspense e, de forma previsível volta a balançá-la novamente, mantendo a brincadeira sem pedir nada em troca à criança, apenas fazendo a ação motivadora, pausando por alguns segundos, fazendo a ação novamente, pausando, e assim por diante. A modelagem da pergunta “Quem?” permanece durante todos os ciclos, ou seja, o adulto continua perguntando para a criança usando palavra “Quem” enquanto a balança na rede e enquanto faz cada pausa com suspense.
Quando a criança encontrar-se altamente motivada pela ação do adulto, demonstrando este interesse através de olhares, sorrisos, gestos, sons ou palavras, o adulto sorteia uma pergunta usando as tiras de papel e passa a solicitar durante a pausa da ação que a criança se aproxime das imagens afixadas na parede e responda qual personagem dos Backyardigans irá voar no avião. Para isso, o adulto explica previamente à criança que cada personagem tem uma cor específica e então pergunta: “Quem é azul?, esperando que a criança associe a cor à determinado personagem e pronuncie o seu nome (o adulto mostra os apoios visuais afixados na parede para auxiliar a criança nesse momento a realizar a associação cor – personagem).
Esta solicitação é uma pergunta animada e divertida, e não uma ordem. O adulto reage às tentativas de resposta da criança de forma celebrativa e sempre animada, podendo voltar à oferecer a ação desejada por ela (balançar na rede) mesmo se a criança não acertar a resposta correta de primeira (nesse caso, o adulto pode dar dicas lembrando as cores de cada personagem ou apontando a cor do personagem na foto afixada na parede, ajudando mais claramente a criança a realizar essa associação e a responder da forma certa na próxima vez). Desta forma, o adulto mostra para a criança a função função específica das perguntas com “Quem” e a auxilia no desenvolvimento de sua comunicação verbal. Nos próximos ciclos da brincadeira, enquanto a criança continua altamente motivada, o adulto a estimula a responder às perguntas com “Quem” para os próximos personagens, de forma a comunicar o desejo dela pela continuidade da ação de balançar na rede.
Variações:
Podemos ajustar o grau do desafio desta atividade quando a criança já consegue responde às perguntas com “Quem” com facilidade e constância e solicitar que ela responda também a possíveis perguntas auxiliares, tais como “Quando?” ou “Como?”. Na atividade acima, o adulto adaptaria a atividade criando opções de resposta para as perguntas auxiliares por meio de pequenas fotos ilustrativas que também estariam afixadas na parede, próximo às perguntas auxiliares. Por exemplo, se a pergunta auxiliar for “Quando”, o adulto poderá dar opções de resposta como “Antes da escola”, “Depois do banho”, “Na hora do almoço”, “Ao meio dia”, “À noite”, etc. Se a pergunta for “Como”, o adulto pode preparar opções ilustradas como “Sentado”, “Tomando suco”, “Dormindo”, “Lendo um livro”, “Jogando um jogo”, “Ouvindo música”, etc.
Para ajudar a criança a manter-se motivada durante a interação e prolongar o tempo de duração da atividade, podemos inserir em alguns ciclos pequenas variações na ação motivadora, por exemplo, oferecer balanços na rede com diferentes intensidades e durações, ou acompanhadas de efeitos engraçados (pode acontecer uma pequena turbulência, ou o avião pode passar sobre algum local de interesse da criança e ela poderá observar esse local da janela da aeronave). Caso a criança tenha interesse, o adulto pode oferecer voos de avião usando outros materiais, como caixas, tapetes, cobertores e lycras, movendo a criança de forma divertida e cheia de suspense pelo quarto.
Caso a criança não se interesse pelos personagens do desenho dos Backyardigans, podemos manter a atividade original e modificar os personagens de acordo com os interesses dela, por exemplo, utilizando personagens de outros desenhos ou filmes.
Se a criança se interessa por balançar na rede e pelos Backyardigans, mas desejamos trabalhar uma meta diferente da comunicação verbal como, por exemplo, ajudar a criança a participar fisicamente em uma atividade interativa, podemos manter a brincadeira do voo de avião, mas modificar o papel da criança na atividade. Ao invés de solicitarmos que ela responda à pergunta “Quem?” para pedir por nossa ação, explicamos e mostramos a ela que ela pode tocar em determinadas áreas do quarto ou organizar um grupo de objetos em seus compartimentos para que voltemos a fazer balançá-la na rede. Ainda na área de participação física, podemos balançar a criança na rede e, de repente, simular que o avião ficou sem gasolina, e então pedirmos que a criança “abasteça” o avião com uma mangueira (ou qualquer outro objeto similar) para que continuemos a balançá-la na rede.
Se nossa criança não se interessa por balançar na rede naquele momento, podemos manter a mesma estrutura da brincadeira e oferecer uma ação motivadora diferente, como por exemplo, um passeio de carro (usando uma caixa) ou um passeio a cavalo (levando a criança para passear de cavalinho em suas costas).
A seguir apresentamos um vídeo da nossa consultora Jaqueline França realizando a atividade com Davi. Observe que a Jaqueline ajuda o Davi a rememorar a cor do primeiro personagem, e dali em diante, Davi já oferece as respostas dominando a associação cor-personagem. Para incrementar a atividade, Jaqueline faz suspense ao sortear cada pergunta e também possibilita que as fotos de cada personagem possa ser despregadas da parede e afixadas numa imagem maior, mostrando à criança todos os personagens que já estiveram no avião com ela ao longo da brincadeira, e permitindo também que a criança tenha uma participação física na atividade (afixar o personagem da vez entregue por Jaqueline na imagem maior, visualizando e contabilizando todos os personagens que já foram sorteados). Jaqueline se mantém atenta durante toda a interação e celebra o contato visual e as comunicações de Davi, além de acompanhá-lo cantando as músicas que ele vocaliza e respondendo quando Davi pergunta sobre quando eles vão sair.
Voando no avião (na lycra)
Interesses:
Ser rodado dentro da lycra, cócegas e suspense.
Metas principais:
Comunicação verbal (fazer o som de “o”).
Participação física na brincadeira (bater o martelo no dado).
Ação motivadora (o papel do adulto):
O adulto roda a criança na lycra como se ela estivesse num voo de avião pelo quarto.
Solicitação (o papel da criança):
A criança bater três vezes com um martelo de brinquedo no dado para que o adulto a rode na lycra.
Estrutura da atividade:
O adulto explica para a criança que eles vão voar de avião pelo quarto. Se a criança mostrar-se interessada, o adulto fala que ela poderá sentar-se na lycra para que ele possa rodá-la alegremente pelo quarto como se a criança estivesse num voo de avião. Se a criança permitir a aproximação do adulto, ele a acomoda cuidadosamente na lycra e gira a criança sem pedir nada em troca, apenas roda a criança e emite de forma clara e precisa o som de “o”, que é a primeira vogal da palavra que nomeia a ação motivadora de ajudar a criança a “voar”. O adulto estabelece uma atividade cíclica em que ele roda a criança por alguns momentos, afasta-se fazendo suspense e, de forma previsível volta a rodá-la novamente, repetindo diversos ciclos sem pedir nada à criança, apenas fazendo a ação motivadora de graça, pausando por alguns segundos, fazendo a ação novamente, pausando, e assim por diante. A modelagem do som “o” permanece durante todos os ciclos, ou seja, o adulto continua fazendo para a criança o som do “o” enquanto a roda e enquanto faz cada pausa com suspense.
Quando a criança encontra-se altamente conectada e motivada pela ação de ser rodada na lycra pelo adulto, demonstrando este interesse através de olhares, sorrisos, gestos, sons ou palavras, o adulto passa a solicitar durante a pausa da ação que a criança segure um martelo de brinquedo (ou qualquer outro objeto engraçado) e peça que ela bata três vezes no dado. O adulto pode explicar à criança, por exemplo, que o avião ficou sem gasolina ou que o avião parou em alguma cidade, para que ela então bata com o martelo no dado. Assim que a criança bater no dado, o adulto volta a oferecer a ação motivadora (caso a criança não bata no dado, o adulto pode ajudá-la inicialmente a fazê-lo e seguir oferecendo os voos nos avião logo depois). Enquanto repete esse ciclo, o adulto segue modelando continuamente o som “o”.
Quando o adulto perceber que a criança já está mais familiarizada com o som “o”, ele pode passar a solicitar, durante as pausas, que a criança tente emitir esse som (e, em seguida, também dê as três batidas com o martelo). Em relação ao som do “o”, o adulto estimula a criança a falar e responde a qualquer tentativa de fala com uma celebração e a volta da ação desejada por ela. Desta forma, o adulto mostra para a criança a função de sua participação física e de sua comunicação verbal, ou seja, o poder de seus gestos e sons durante a interação. Nos próximos ciclos da brincadeira, enquanto a criança continua altamente motivada, o adulto a estimula a falar o som e a seguir batendo com o martelo, de forma a comunicar o desejo dela pela continuidade da ação.
Variações:
Podemos ajustar o grau do desafio desta atividade quando a criança já consegue bater o martelo ou falar o som “o” com facilidade e constância e solicitar que ela bata numa cor ou marcação específica do dado, ou ainda que ela comece a falar não só o som do “o”, mas a combinação da primeira e da segunda vogal da palavra “voar”: “o-a”. O adulto passa a modelar “o-a” ao oferecer a ação para a criança e, na pausa da ação, solicita que ela fale aquela combinação de vogais.
Para ajudar a criança a manter-se motivada durante a interação e prolongar o tempo de duração da atividade, podemos inserir em alguns ciclos pequenas variações na ação motivadora, por exemplo, rodar em diferentes velocidades e alturas, ou receber cócegas e massagens após a aterrizagem do avião. O adulto pode encenar algum personagem de que a criança goste ao rodá-la na lycra, ou trazer objetos e fantoches para que estes tornem os voos na lycra mais divertidos para a criança.
Se a criança se interessa por rodar, mas desejamos trabalhar uma meta diferente da comunicação verbal ou desta modalidade de participação física podemos, por exemplo, ajudar a criança a aprender a apontar, modificando o papel da criança na atividade. Ao invés de solicitarmos que ela fale um “som” ou bata com o martelo no dado para pedir por nossa ação, explicamos e mostramos a ela que ela pode apontar para a figura de um avião ou apontar para um botão desenhado numa cartolina para que voltemos a rodá-la na lycra. Ainda poderíamos ajudá-la a aprender a ligar duas imagens, pedindo que ela trace com um lápis ou giz uma linha entre imagens coladas numa cartolina, para que então ela volte a ser rodada na lycra (as imagens na cartolina podem ser de duplas de personagens de desenhos ou filmes que a criança goste, ou qualquer dupla de imagens relacionadas a algum de seus interesses).
Se nossa criança não se interessa por rodar na lycra naquele momento, podemos manter a mesma estrutura da brincadeira e oferecer uma ação motivadora diferente, como por exemplo, cócegas ou massagens/carinho.
A seguir apresentamos um segundo vídeo da nossa consultora Jaqueline França, desta vez realizando a atividade similar do voo no avião com a Heloisa. Observe que a Jaqueline modela clara e repetidamente o som do “o”. Jaqueline celebra a participação física de Heloisa e os sons que ela emite. Quando percebe que Heloisa compreendeu bem o funcionamento da atividade e que ela está bastante motivada com a mesma, Jaqueline realiza uma solicitação persistente, concedendo o voo na lycra apenas quando Heloisa bate com o martelo no dado as três vezes. Carinhosamente, Jaqueline lembra Heloisa que para o avião voar, ela precisar dar três batidas com o martelo no dado.
A consultora Jaqueline França, juntamente com outras cinco talentosas profissionais, fazem parte da Equipe da Inspirados pelo Autismo. Nossos consultores estão disponíveis para atender sua criança e auxiliar de forma personalizada a sua família em todos os estados do Brasil por meio de nossas consultorias presenciais.
Para obter mais ideias sobre atividades para crianças, adolescentes e adultos com autismo, recomendamos também o livro Brincar para Crescer, disponível para venda em nosso site.
Suas opiniões e ideias são muito importantes para nós. Deixe comentários, elogios, sugestões e ideias sobre as atividades para a nossa equipe e para os outros pais e profissionais que acessam o nosso blog.
* A Inspirados pelo Autismo tem autorização das famílias e dos profissionais relacionados aos vídeos disponibilizados acima no que se refere à sua veiculação em nosso blog e em nossos informativos. Agradecemos ternamente aos pais do Davi e da Heloisa por cederem a divulgação das imagens para compartilhar estratégias eficazes com outros pais e com profissionais.
Muitos pais enviaram perguntas sobre a estimulação de leitura, escrita e matemática nas sessões responsivas e divertidas em casa. Você pode trabalhar qualquer habilidade, inclusive de leitura, escrita e matemática quando sua criança estiver motivada e envolvida em uma interação social com você. Por exemplo, se sua criança gostar de:
Cócegas
Leitura
Passear de cavalinho
Canções
Vozes divertidas e atividades de imaginação
Dinossauros
Quando você estiver em uma atividade interativa utilizando qualquer um destes interesses acima, espere até que sua criança esteja realmente motivada e conectada, antecipando já com muita expectativa o clímax da parte mais divertida da atividade. Este é o momento ideal para solicitar algo na área das letras ou números, levando em conta o estágio de desenvolvimento de cada criança.
Como um exemplo, estou passeando com a criança no colo pelo quarto todo. Eu posso dar duas ou três voltas sem pedir nada para ela (fazendo pequenas pausas entre cada volta para aumentar ainda mais a expectativa). Quando eu perceber que a criança já está bem motivada (talvez apresente maior contato visual, expressão facial animada, sorridente, etc), eu posso solicitar que ela escreva a letra P no seu “bilhete de passear”, ou que ela faça um círculo em volta da figura de um cavalo (se eu estiver fingindo carregá-la como um cavalinho).
Em um outro exemplo, minha criança está interessada em dinossauros e eu estou fingindo ser um tiranossauro rex que a persegue pelo quarto. Eu pego um número 5 de plástico e digo que vou dar cinco passos gigantes de tiranossauro rex para pegá-la. Eu dou os 5 passos e faço rugidos de dinossauro. Daí eu digo que posso dar 7 passos gigantes para pegá-la. Peço que ela pegue o número 7 de plástico e o dê para mim antes de dar os passos. Eu ajusto a minha solicitação de acordo com o estágio de desenvolvimento de minha criança. Por exemplo, eu tenho 6 bolas de pingue-pongue e minha criança está interessada na atividade com o tema do tiranossauro rex. Eu posso fingir que as 6 bolas são ovos de dinossauro e que se ela estiver perto dos ovos o dinossauro vai rugir, persegui-la e fazer cócegas nela. Depois de fazer isso uma ou duas vezes sem demandar nada da criança para ajudá-la a ficar ainda mais motivada, eu posso pedir que ela divida os ovos por 2, por 3, etc.
É claro que os interesses e motivações de cada criança serão diferentes. E o estágio de desafio a ser trabalhado com cada criança em relação a letras, números, escrita e leitura também será diferente. É por isso que é tão importante seguir as motivações de sua criança e entender que em muitas ocasiões talvez a sua criança não esteja interessada na atividade que você está propondo.
Se você gostou desse artigo sobre como ajudar uma criança com autismo a ler, escrever e interessar-se por matemática, compartilhe-o com os seus familiares e amigos pelas redes sociais! Conte também para a gente como você tem ajudado a sua criança com autismo a desenvolver habilidades de leitura, escrita e matemática. As suas sugestões e ideias podem inspirar muitos dos nossos leitores!
Lembrete: aprofunde os seus conhecimentos sobre a nossa abordagem e aprenda estratégias práticas para ajudar pessoas com autismo participando de nossos cursos.
Você sabia que muitas famílias e profissionais têm usado aplicativos para pessoas com autismo em seu dia a dia? A seguir descrevemos alguns dos aplicativos para celulares e tablets disponíveis no mercado que têm se mostrado muito úteis para a promoção do desenvolvimento de nossas crianças, adolescentes e adultos com autismo.
Aplicativos para pessoas com autismo para organização da rotina
First Then (em Português, Primeiro e depois)
Disponibilidade: disponível para iPhone e iPod touch. Objetivos: aumentar a independência da criança, ordenar as atividades diárias e diminuir a ansiedade duração a transição das atividades. Funcionamento: por meio de uma programação visual específica e com a possibilidade de apoio com mensagens sonoras, o aplicativo oferece suporte às pessoas com autismo através do uso de imagens/falas que informam sobre os acontecimentos diários ou sobre as diferentes etapas necessárias para completar uma atividade específica (por exemplo, usar o banheiro). O aplicativo pode ser exibido em três formatos de tela: tela inteira, tela dividida e tela com lista de tarefas. Na opção de tela inteira, a pessoa com autismo pode visualizar uma imagem grande e, deslizando o dedo à esquerda no visor do aparelho, poderá ver a imagem seguinte. Na opção de tela dividida, a pessoa com autismo visualiza duas imagens dispostas lado a lado com uma seta entre elas que ajuda a acessar a sequência de atividades – o fato de existir essa guia lateral com a sequência de atividades faz com que o usuário possa ser informado sobre as próximas atividades da sua programação. Na opção de tela com lista de tarefas, aparecem quatro imagens associadas à rotina da pessoa com autismo. Esta opção é mais indicada para pessoas que estão já familiarizadas com um sistema de comunicação por troca de imagens ou não são tão facilmente distraídas por atividades futuras. Possibilidades: os pais ou algum outro responsável podem gravar a sua própria voz para criação das instruções/falas que acompanham as imagens. Estas falas podem ser um excelente instrumento para reforçar a sequência de atividades da rotina e para ajudar a pessoa com autismo no que se refere à aquisição da linguagem. Cada tela poderá conter um check list e este check list poderá indicar quando uma tarefa estiver completa (esta ferramenta pode ser ligada e desligada acessando-se o menu). O aplicativo permite personalizar ainda a agenda usando figuras da biblioteca de imagens do computador, buscando imagens na internet ou empregando imagens existentes nas câmeras do iPhone ou iPod touch. Tendo uma agenda predefinida, o aplicativo permite usar tantas imagens quantas forem necessárias para ilustrar os passos existentes na realização das tarefas. Outras características: há também a possibilidade de alternar a utilização dos diferentes formatos para a utilização em cada um dos horários do dia, dependendo da preferência do usuário.
Para mais informações, acesse: https://itunes.apple.com/br/app/first-then-visual-schedule/id355527801?mt=8
Minha Rotina Especial
Disponibilidade: oferecido pela App Store e disponível para iPad. Objetivos: organizar as informações sobre a rotina diária da criança de forma integrada, visualmente organizada e clara, propiciando aprendizados e colaborando para o desenvolvimento. Segundo os criadores do aplicativo – Régis Nepomuceno, que é Terapeuta Ocupacional, e Paulo Zamboni, que é pai de uma criança com autismo – ao conhecer sua rotina, a criança ganharia confiança e autonomia, fundamentais para seu desenvolvimento. Funcionamento: os pais, ou algum outro responsável pela criança, registra em fotografias momentos da rotina da criança. Depois, esta pessoa entra em um campo do aplicativo denominado “acesso pessoal”, acessível a partir de uma senha, e elabora a estrutura semanal da criança, com as respectivas atividades de vida diária. O aplicativo tem a aparência de uma agenda e é capaz de organizar a rotina antecipando as atividades que serão realizadas, enviando lembretes sobre cada etapa e, ao final, mostrando um resumo de tudo o que foi realizado. Possibilidades: é possível personalizar o aplicativo para cada criança com a inclusão de fotos e áudios. Estas ferramentas permitem que a criança se reconheça, identifique as atividades de seu dia a dia e acompanhe os passos necessários para a execução de cada atividade. Ainda é possível inserir na rotina o planejamento de viagens e a antecipação de possíveis imprevistos. Por exemplo, fotos e informações sobre visitas e fatos novos na rotina podem ser antecipados para que a criança não se desorganize com esses eventos. Para os criadores do aplicativo, o Minha Rotina Especial contribui para o planejamento, a organização sensorial e a compreensão das etapas e da complexibilidade de cada atividade. Outras características: o aplicativo poderá narrar as etapas do dia a dia da pessoa com autismo usando uma voz familiar a ela, o que é útil para crianças com deficiência visual ou para aquelas que ainda não sabem ler. Após a montagem das atividades cotidianas, também é possível imprimir a agenda completa da criança e utilizá-la como um quadro de rotina ou um mural de fotos, que poderão ser afixados em algum local da residência, como o quarto da criança.
Para mais informações, acesse: http://minharotina.com.br
Aplicativos para pessoas com autismo para apoio à comunicação
Tobii Sono Flex
Disponibilidade: disponível para iPad e iPhone e tablets com sistema operacional Android. Objetivos: viabilizar uma comunicação alternativa para crianças, adolescentes e adultos que ainda não têm total domínio da comunicação verbal. O aplicativo transforma símbolos em falas emitidas com clareza. Funcionamento: os pais ou algum outro responsável pela pessoa com autismo encontrarão no aplicativo um conjunto de símbolos – o aplicativo contém 11 mil símbolos, além de 50 frases e expressões de contexto já estruturadas. O adulto poderá usar também a câmera e os álbuns do aparelho para selecionar e criar os seus próprios símbolos personalizados. Após conhecerem juntos os símbolos existentes ou criarem símbolos novos para situações específicas ou necessidades individuais, cada símbolo ou cada vocabulário de contexto, quando for selecionado e tocado, emitirá uma fala que expressará então os desejos e interesses da pessoa com autismo, podendo ser manuseado por ela enquanto instrumento de expressão e comunicação. Ou seja, ao clicar nos símbolos, o aplicativo faz com que o celular “fale” a palavra ou frase relacionada ao que se deseja comunicar. Possibilidades: o aplicativo possui cinco tipos diferentes de vozes que podem ser utilizados (um menino, uma menina, duas mulheres e um homem). O aplicativo está disponível na Língua Portuguesa. Outras características: o aplicativo possui uma versão gratuita para experimentação chamada Tobii Sono Flex Lite (esta versão é limitada e mais simplificada, mas pode ser usada para testar o aplicativo).
Para mais informações sobre o Tobii Sono Flex, acesse: https://itunes.apple.com/us/app/sono-flex-bp/id562578933?mt=8
Para conhecer o Tobii Sono Flex Lite, acesse: https://itunes.apple.com/us/app/sono-flex-lite-bp/id562582441?mt=8
Livox
Disponibilidade: disponível para iPad e iPhone e tablets com sistema operacional Android. Objetivos: viabilizar uma comunicação alternativa para crianças, adolescentes e adultos que ainda não têm total domínio da comunicação verbal. Assim como o Tobii Sono Flex, o Livox transforma símbolos selecionados e tocados na tela do aparelho em falas emitidas com clareza. Funcionamento: o aplicativo foi criado por brasileiros a partir da iniciativa de um casal que é pai de uma menina com paralisia cerebral. O Livox possui cerca de 12 mil símbolos e um repertório variado de frases e expressões comuns ao cotidiano, funcionando então como um “catálogo de falas ditas em voz alta”, segundo Carlos Edmar Pereira, criador do aplicativo e pai de Clara. O aplicativo oferece uma plataforma amigável com sistema touch inteligente, que ajuda as crianças, adolescentes e adultos a concluírem o toque nos símbolos, corrigindo eventuais imperfeições e possui um conteúdo educacional. Possibilidades: o aplicativo possibilita o compartilhamento de conteúdo entre tablets, possui algoritmos que adequam o uso do aplicativo às pessoas com outras deficiências (motora, cognitiva ou visual, por exemplo) e ainda disponibiliza um teclado virtual inteligente. Outras características: o Livox recebeu um prêmio da ONU como o melhor aplicativo de inclusão social do mundo e vem sendo utilizado por famílias e por muitas instituições, tais como a APAE, tendo um alcance estimado no país de 10.000 pessoas.
Para mais informações, acesse: http://www.livox.com.br/
Aplicativos para pessoas com autismo de apoio às atividades pedagógicas
Story Creator (em Português, Criador de Histórias)
Disponibilidade: disponível para quem possui iPhone, iPad e iPod touch. Objetivos: o aplicativo permite criar de forma fácil e simples histórias personalizadas, permitindo registrar histórias de vida que podem ser recontadas e compartilhadas com familiares e amigos. Funcionamento: o usuário inicia a criação de uma história e, para incrementá-la, pode usar fotos, vídeos, textos, desenhos e áudios. Pode-se criar quantas histórias se quiser e cada uma delas poderá ter a sua própria capa. O aplicativo permite destacar os trechos mais importantes da história através de uma ferramenta de highlights por voz. Após a criação da história, ela pode ser compartilhada usando diferentes interfaces ou pode ser enviada às outras pessoas por email, bastando para isso apenas um clique. As histórias compartilhadas poderão ser comentadas, gerando interatividade. Possibilidades: as fotos utilizadas nas histórias podem ser importadas do Dropbox, Flickr, Picasa ou do Facebook. Cada página da história pode conter textos e trechos de gravações de áudio, sendo que as crianças podem então assistir às histórias narradas com a voz dos pais. Outras características: o aplicativo possui um mecanismo de backup que garante o armazenamento das histórias já criadas e evita que histórias gravadas sejam apagadas acidentalmente.
Para mais informações, acesse: https://itunes.apple.com/br/app/story-creator-easy-story-book/id545369477?mt=8
Desenhe e Aprenda a Escrever
Disponibilidade: disponível para quem possui iPhone e iPad. Objetivos: o aplicativo auxilia no desenvolvimento da motricidade fina e ajuda a criança a aprender a escrever palavras, que são desenhadas na tela do aparelho em formatos divertidos – por exemplo, usando as texturas creme de barbear, ketchup, cobertura de chocolate, giz, lápis, caneta azul, gelatina, pudim de chocolate, xarope, geleia de uva, creme de leite, torta de abóbora, tinta vermelha e pudim de baunilha. Funcionamento: a criança desenha as letras na tela e, depois, as linhas desenhadas aparecem próximas às letras padrões, dessa forma, a criança pode comparar seus desenhos aos modelos e aperfeiçoar sua coordenação e habilidade de escrita. O aplicativo também ajuda a criança a se aprimorar chamando a atenção dela gentilmente quando a escrita está sendo feita fora do circuito previsto (a criança tem a chance de tentar novamente). Quando a criança conclui a escrita, o aplicativo oferece um prêmio para motivar a criança a continuar aprendendo. O aplicativo tem 28 opções de fundo – ou seja, papéis de fundo com texturas e estampas diferentes – e inclui listas de conteúdos variados, com temas tais como letras, números, alimentos, animais, natureza, etc. Possibilidades: os pais ou responsáveis podem criar listas específicas personalizadas de palavras, por exemplo, com os temas prediletos da criança ou com itens que ela está interessada em aprender no momento. Outras características: após a conclusão de cada escrita, o aplicativo revisa o conteúdo elaborado, o que oferece um reforço visual ao aprendizado.
Para mais informações, acesse: https://itunes.apple.com/br/app/desenhe-e-aprenda-a-escrever!/id545187337?mt=8
Já utilizou um desses aplicativos? Então, conte a sua experiência para nós!
Aprenda mais sobre o autismo e sobre como ajudar a sua criança em um de nossos cursos. Os cursos são abertos a pais, familiares, profissionais, estudantes e voluntários e as inscrições podem ser parceladas em até 18 vezes.
Uma nova pesquisa realizada nos EUA envolvendo seis grandes universidades – entre elas a de Yale, Indiana e Ohio – e divulgada no Brasil pelo site do Jornal O Globo traz importantes resultados sobre a relação entre o treinamento dos pais e o desenvolvimento de suas crianças com o autismo.
O estudo, que foi patrocinado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH), envolveu 180 crianças com idades entre 3 e 7 anos, com diagnósticos do espectro do autismo e demonstrando comportamentos indesejados considerados graves.
De forma aleatória, as crianças foram divididas em dois grupos. No primeiro deles, os seus pais receberam um treinamento com duração de 24 semanas, que incluía 11 sessões centrais, duas opcionais, dois controles telefônicos e duas visitas domiciliares. Estes pais puderam ter contato com estratégias específicas sobre como lidar com demonstrações de raiva e frustração, birras, agressividade e autoagressão.
No segundo grupo, os pais passaram por um processo educativo com duração também de 24 semanas, mas que incluiu 12 sessões e apenas uma visita domiciliar. A este grupo foram repassadas somente informações sobre o autismo, sem que fossem apresentadas orientações específicas quanto aos comportamentos indesejados.
Segundo Karen Bearss, do Marcus Autism Center e da Emory University School of Medicine e uma das pesquisadoras envolvidas no estudo, as sessões que ocorreram durante a intervenção usualmente reuniam um terapeuta e um dos pais. O ponto de partida no tratamento foi ajudar os pais a compreender por que razões as crianças com autismo se engajavam em comportamentos indesejados e qual função atribuíam a eles. As sessões envolveram também técnicas para prevenção dos comportamentos e para intervenção em situações específicas.
Os resultados do estudo, para Karen Bearss, indicaram uma melhora no comportamento das crianças em geral. Ou seja, ambos os grupos de crianças foram beneficiados pela capacitação de seus pais. Entre as crianças cujos pais receberam o treinamento mais completo, notou-se, contudo, uma clara melhora também quanto aos comportamentos específicos de isolamento e agressão.
Durante a realização da pesquisa, as crianças foram acompanhadas por um médico que não estava diretamente envolvido na aplicação do tratamento. Depois de seis meses de acompanhamento, foi possível notar que as crianças cujos pais receberam o treinamento mais completo demostraram uma melhora de 48% nos comportamentos de isolamento, frente a melhora de 32% entre aquelas cujos pais passaram apenas pelo processo educativo mais simplificado. No período final do tratamento, chegou a 70% o percentual de crianças cujos pais receberam treinamento demostrando respostas mais positivas ao ambiente, em contraste com 40% para o grupo cujos pais receberam apenas informações sobre o autismo. Os pais envolvidos no estudo, nos dois grupos, estiveram presentes em 90% das sessões, indicando que eles tinham um alto grau de envolvimento com a intervenção proposta.
O estudo, que foi recentemente divulgado no Journal of the American Medical Association, conclui então que um treinamento mais completo aos pais pode ser mais eficaz na redução de comportamentos indesejados e de isolamento de seus filhos do que um simples processo de informação, embora, em ambos os casos, a formação dos pais, por si só, já seja capaz de trazer algum tipo de benefício ao desenvolvimento das crianças. A pesquisa indicou ainda que a melhora observada nas crianças integrantes do estudo perdurou por até seis meses após o final das intervenções.
Você poderá compreender melhor os comportamentos de sua criança com autismo e saber como ajudá-la quanto aos comportamentos indesejados capacitando-se em nossos cursos. Em ambos os cursos, ensinamos pais e profissionais a lidar com comportamentos indesejados, atividades do dia a dia, desenvolvimento da linguagem, dentre outros tópicos.
Quer ajudar crianças com autismo em sua região? Então nos ajude a divulgar essa nova pesquisa compartilhando esse post em suas redes sociais.
Investimento por participante: 1º lote: R$1428 até o dia 10/07/20 (15% de desconto). 2º lote: R$1512 até o dia 10/08/20 (10% de desconto). 3º lote: R$1680 até o dia 08/09/20 (valor integral). Inscrições limitadas e abertas até o dia 08 de setembro de 2020 (terça-feira).
Descontos em mais de um curso: Quem se inscrever em 2 cursos, também tem o desconto de 5% somado ao desconto por prazo de inscrição. Quem se inscrever em 3 ou mais cursos tem o desconto de 10% somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral dos cursos. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras.
Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.
Descontos por participante:
Turma 1 – São Paulo – 24 a 27 de março
1º lote: R$1428 até o dia 17/12/21 (15% de desconto). 2º lote: R$1512 até o dia 15/02/22 (10% de desconto). 3º lote: R$1680 até o dia 15/03/22 (valor integral). Inscrições limitadas e abertas até o dia 15 de março de 2022 (terça-feira).
Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.