Página: 7 | Inspirados pelo Autismo

Aprendizado social com ajuda de coleguinhas da mesma idade colabora para o desenvolvimento de pessoas com autismo na escola

 

Um novo estudo publicado nos EUA pelo Journal of Autism and Developmental Disorders mostra a eficácia de se promover brincadeiras em grupo de crianças com 5 a 6 anos idade. Durante o estudo, os grupos foram organizados estimulando-se a interação de uma criança no espectro do autismo junto de coleguinhas de desenvolvimento típico.

A recém-publicada pesquisa documenta a existência de benefícios duradouros em programas que recrutam crianças fora do espectro do autismo no jardim de infância e nas primeiras séries do ensino fundamental para ajudar a ensinar habilidades sociais para os colegas que têm autismo. As sessões contendo atividades lúdicas aconteceram no contraturno da escola.

Os pesquisadores começaram propondo as estratégias de intervenção da rede de colegas aos professores, fonoaudiólogos e assistentes de sala de aula. A equipe da escola passou então a supervisionar grupos de brincadeiras que incluíam um aluno com autismo emparelhado com dois ou três colegas com desenvolvimento típico.

As crianças com autismo abrangidas pelo estudo tinham habilidades de comunicação suficientemente desenvolvidas para seguir instruções simples e fazer pedidos com frases contendo ao menos duas a três palavras.

Os grupos de brincadeiras duraram, em média, meia hora e aconteciam três vezes por semana. Após a introdução de um conceito como, por exemplo, o de partilha de objetos, os professores pediam aos colegas de desenvolvimento típico que ajudassem a criança com autismo a fazer o compartilhamento de uma maneira amigável. Por exemplo, durante um jogo que envolvia a partilha de um brinquedo, um dos colegas podia sustentar uma pequena placa ao aluno com autismo dizendo “Por favor, empresta isso?”, ou “Aqui vai”.

Desta forma, as crianças praticaram habilidades sociais tais como fazer requisições, fazer comentários e usar termos como “por favor” e “obrigado”. Os grupos de brincadeiras aconteceram durante os primeiros seis meses do jardim de infância e os primeiros seis meses do ensino fundamental.

Ao todo, 56 crianças com autismo participaram do programa. Para efeito de comparação, os pesquisadores também acompanharam o desenvolvimento social de um grupo de controle contendo 39 crianças com autismo que receberam apenas os serviços padrões de educação especial da escola.

Para descobrir se as crianças estavam usando suas novas habilidades sociais fora dos grupos de brincadeiras, os pesquisadores observaram as suas interações com outros colegas em outras situações. Eles gravaram tais observações em, pelo menos, quatro ocasiões, incluindo o fim do primeiro ano.

“Descobrimos que as crianças que participaram da rede social não só fizeram progressos significativos na comunicação social durante a intervenção, mas também fizeram muito mais iniciações com os seus pares em geral”, afirma Debra Kamps, pesquisadora e diretora da University of Kansas Center for Autism Research and Training.

Para certificar-se de que suas medições foram objetivas, os pesquisadores usaram listas padronizadas de comportamentos indicativos de comunicação social. Eles também pediram aos professores que completassem questionários sobre o comportamento dos alunos.

Os resultados mostraram que as crianças com autismo que participaram dos grupos de brincadeiras em pares iniciaram significativamente mais interações sociais com os colegas do que as crianças do grupo de controle. As crianças que participaram do programa também demonstraram maior desenvolvimento da linguagem e de conversas apropriadas.

Finalmente, as avaliações dos professores sobre as habilidades sociais das crianças que participaram do programa mostraram melhorias significativas no desenvolvimento das habilidades sociais e no comportamento em sala de aula.

Como mais uma prova da eficácia dos grupos de brincadeiras com colegas, muitos dos professores continuaram a usar estas estratégias em suas salas de aula, ilustra Dra. Kamps. “Nós sabemos como fazer isso, e nossa pesquisa nos mostrou que não é tão difícil ensinar as pessoas a fazê-lo”, conclui.

“É emocionante ver estudos que continuam a demonstrar a eficácia das intervenções que incorporam colegas em práticas de tratamento”, comenta Lucia Murillo, diretora-assistente de pesquisa em educação da Autism Speaks, instituição que publicou em seu site uma matéria em inglês sobre a nova pesquisa. Lucia Murillo lembra que as crianças com autismo envolvidas no estudo tinham níveis de linguagem de moderados a elevados e que, por isso, é importante reconhecer que os mesmos resultados podem não se aplicar a todas as crianças no espectro do autismo.

Você já tentou ajudar pessoas com autismo na escola em brincadeiras em grupos? Conte para a gente!

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Como ajudar uma criança com autismo na escola

Inclusão escolar: apresentando sua criança aos colegas e professores

A interação e a comunicação entre Como ajudar uma criança com autismo na escolaa criança, sua família e a comunidade escolar podem trazer muitos benefícios ao processo de inclusão. Isso é o que mostra a história de Mariana Caminha, mãe do Fabrício, de 04 anos. Ela criou um fantástico panfleto com informações carinhosas e dicas preciosas sobre o pequeno Fabrício. O intuito de Mariana é não só facilitar o processo de inclusão escolar do seu filho, mas também divulgar informações sobre o Transtorno do Espectro Autista à comunidade.

O panfleto contém uma linda foto de Fabrício, circundada por grupos de características que podem ser muito importantes em seu dia a dia na escola. Segundo o panfleto, entre os talentos e habilidades de Fabrício sua mãe destaca a sua coordenação motora, a sua capacidade para imitar, dar carinho, memorizar e mexer em aparelhos celulares. Entre seus interesses e motivações estão correr, pular, cantar, subir e descer ladeiras, piscinas e Disney. Ao se comunicar, a mãe explica que Fabrício usa “uh-ô” para suco e “a-uh-da” para ajuda, e ela também esclarece que ele gosta muito das vogais e compreende tudo que lhe é dito. A mãe ainda explica que Fabrício pode dar gritinhos de alegria, pode fazer birra quando contrariado, pode se assustar com cachorros, e tem dificuldades em dividir e permanecer sentado.

Mariana apresenta as informações sobre o filho de um jeito divertido, simpático e afetuoso no panfleto, e espera que o infográfico elaborado por ela possa ajudar outras crianças com autismo. Ela recomenda que o infográfico de cada criança seja editado, impresso e enviado aos pais dos coleguinhas de classe através de um envelope, podendo ser também encaminhado aos professores e à direção da escola da criança. O panfleto pode ser editado para cada criança a partir de um arquivo que pode ser solicitado à Mariana através do e-mail mcaminha@me.com.

Para conhecer melhor a iniciativa de Mariana, você poderá ler uma reportagem publicada no site do Jornal Correio Braziliense e acessar o perfil dela no Facebook através do “Doutores do TEA”.

Para ter mais ideias sobre como ajudar uma criança com autismo na escola, você poderá também imprimir e compartilhar com a comunidade da escola o nosso cartaz com 15 Dicas sobre Inclusão Escolar, ler um texto sobre o Estilo Responsivo na Inclusão de Crianças com Autismo e participar de um de nossos cursos.

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Irmãos com autismo têm mais diferenças que similaridades, aponta artigo do jornal NY Times

A maioria dos irmãos com diagnóstico de autismo não compartilha os mesmos fatores de risco genéticos e podem ser também bastante diferentes em seus comportamentos e atitudes, segundo noticia um novo estudo divulgado pelo jornal NY Times. De acordo com a publicação, estes resultados surpreenderam muitos pais e médicos.

No novo estudo, publicado pela Revista Nature Medicine, os cientistas analisaram material genético de 85 famílias que tinham duas crianças com autismo. Foi empregado um método chamado sequenciamento completo do genoma, que, diferentemente de outras metodologias, mapeia inteiramente o volume dos recipientes e verifica cada tipo biológico, qualquer “vírgula fora do lugar” ou letra transposta.

Os pesquisadores focaram suas análises em aproximadamente 100 pequenas falhas genéticas associadas ao desenvolvimento do autismo. Eles descobriram que em torno de 30% dos 85 pares de irmãos participantes do estudo compartilhavam as mesmas mutações genéticas, e cerca de 70% não. Os pares de irmãos que compartilhavam as mesmas pequenas falhas genéticas tendiam a ser mais parecidos no que se refere às habilidades sociais e hábitos do que os pares em que as pequenas falhas genéticas eram distintos.

Os resultados do novo estudo evidenciam a grande diversidade existente no autismo, que pode ser presente mesmo nos indivíduos mais proximamente aparentados. Os resultados apontam ainda que os cientistas terão de analisar dezenas de milhares de outras pessoas para poderem ter em mãos dados mais consistentes sobre as bases biológicas do autismo.

Especialistas que analisaram o artigo publicado na Revista Nature Medicine encorajam mudanças na prática clínica, a partir dos resultados levantados no estudo. No exterior, alguns hospitais usam a análise do perfil genético de irmãos mais velhos com autismo para tentar entender uma nova criança com o transtorno, ou podem usar a análise do perfil genético do irmão mais velho para aconselhar os pais sobre a probabilidade de eles terem outra criança com autismo. Este procedimento pode não ser tão informativo, disseram os autores do estudo.

Para ilustrar a importância dos resultados do novo estudo, o jornal NY Times conta a história de Valerie South, uma enfermeira que vive em Toronto. Os filhos de Valerie, Cameron, de 20 anos, e Thomas, de 14 anos, têm autismo severo (em uma família de quatro ou mais, as probabilidades de existirem duas crianças com autismo é cerca de uma em 10.000). Em 1998, Valerie e seu marido consultaram médicos para saber quais os riscos de eles terem outra criança com autismo – naquela época, eles tinham Cameron e um outro filho mais velho, Mitchell, que é neurotípico. Eles foram informados que as chances de eles terem uma nova criança com autismo eram pequenas e que, se isso acontecesse, não seria um caso de autismo severo. Eles tiveram então Thomas, que têm o mesmo diagnóstico de autismo que Cameron, mas que é bem diferente do irmão em seu comportamento. A mãe conta que enquanto Thomas se dirige a estranhos, Cameron recua. Thomas ama o seu iPad, enquanto Cameron não demonstra interesse por computadores. O novo estudo provê boas justificativas biológicas para estas diferenças e pode colocar de lado previsões como as recebidas por Valerie antes de ela e seu marido terem Thomas.

“O estudo nos leva a considerar que mapeamentos genéticos podem não nos ajudar tanto a fazer previsões como pensávamos”, afirma Helen Tager-Flusberg, neurocientista do desenvolvimento na Universidade de Boston, que não esteve envolvida na produção do novo estudo.

Outros especialistas não envolvidos no estudo dizem que os resultados são importantes e convincentes. “O estudo é bem delineado e o resultado final é de alguma forma surpreendente, e reitera a complexidade dos fatores genéticos subjacentes ao autismo” diz Dr. Yong-hui Jiang, um professor associado do departamento de pediatria e neurobiologia na Universidade Escola de Medicina Duke. Para o jornal NY Times, o relatório é um dos principais resultados vindos de uma iniciativa em larga-escala financiada pelo Autism Speaks, um grupo de defesa e estudos sediado nos EUA.

Sabia mais sobre o autismo e sobre os tratamentos existentes em nosso site.

Você encontrará artigos sobre outras pesquisas recentes na área do autismo em nosso blog.

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Como ajudar crianças com autismo a aprender quantidades – contando os giros com o personagem favorito

 

Interesses:

Dar voltas pelo quarto de brincar em cima de um tecido ou dentro de uma caixa, suspense, vozes de personagens, o personagem favorito de sua criança.

Metas principais:

Aprendizado de quantidades.
Participação física da criança na brincadeira.

Ação motivadora (o papel do adulto):

O adulto se veste como o personagem favorito da criança e leva a criança para dar voltas pelo quarto de brincar sobre um tecido ou dentro de uma caixa. A caixa pode ser feita de papelão, de material plástico, tubos de PVC, madeira MDF. Crianças pequenas cabem dentro de uma bacia plástica. Há ainda skates largos nos quais a criança pode se sentar ou se deitar e o adulto pode puxar o skate por uma corda. No caso de adultos com autismo que gostam de estímulos físicos, as cadeiras de rodinhas podem ser o suporte para o “passeio”.

Solicitação (o papel da criança):

A criança escolhe um cartão e separa os objetos na quantidade descrita no cartão.

Estrutura da atividade:

O adulto, fantasiado como o personagem favorito da criança, convida a criança para dar voltas ou giros pelo quarto dentro de uma grande caixa de papelão. Se a criança não entrar rapidamente na caixa, o adulto demonstra a brincadeira posicionando um boneco dentro da caixa e o levando para passear (puxando a caixa pelo quarto) enquanto é observado pela criança. O adulto convida a criança usando a voz e os gestos engraçados do personagem favorito para motivá-la a entrar espontaneamente na caixa.

Com a criança na caixa, o adulto oferece os giros pelo quarto sem pedir nada em troca, apenas contando em voz alta cada giro dado com a criança. O adulto então estabelece uma atividade cíclica em que ele leva a criança para girar pelo quarto dando, por exemplo, de 1 a 5 giros, afasta-se fazendo suspense e, de forma previsível volta a levar a criança para girar novamente, repetindo diversos ciclos sem pedir nada à criança, apenas fazendo a ação motivadora de graça, pausando por alguns segundos, fazendo a ação novamente, pausando, e assim por diante. O adulto explica a quantidade de giros a cada ciclo, ou seja, o adulto diz para a criança, “Vamos girar 3 vezes” (ou “Vamos dar 3 giros”), mostra um cartão com o número 3 e então leva a criança para dar 3 giros pelo quarto. Quando a criança estiver altamente motivada pela ação do adulto, demonstrando este interesse através de olhares, sorrisos, gestos, sons ou palavras, o adulto animadamente propõe que a criança escolha um cartão (o adulto poderá ter 1 a 10 cartões preparados). O adulto explica que a criança deverá separar a quantidade de pinos de boliche (ou bolas ou qualquer objeto escolhido para a atividade) de acordo com o cartão para então ter o número de giros descrito no cartão. Para facilitar o aprendizado, o cartão poderá ter, por exemplo, o número “3” e também 3 pinos de boliche desenhados, para que fique claro para a criança qual a quantidade a ser separada. A solicitação é um convite animado, e não uma ordem. O adulto estimula a criança a escolher o cartão e a separar as quantidades, e cada cartão poderá ser afixado na parede temporariamente para que a criança possa visualizá-lo durante aquele ciclo da brincadeira.  Todas as tentativas da criança em separar os pinos são comemoradas e o número de voltas desenhado no cartão é oferecido, mesmo que a criança não acerte de primeira. Nos ciclos da brincadeira, enquanto a criança continua altamente motivada, o adulto a estimula a tirar novos cartões e dar continuidade na ação.

Variações:

Podemos ajustar o grau do desafio desta atividade inserindo novos objetos na brincadeira, quando a criança já consegue separar os pinos de boliche nas quantidades corretas com facilidade. Podemos separar três outros grupos de objetos (bolas, bonecos e carrinhos, por exemplo) e criar cartões com novas quantidades destes objetos. Desta forma, além de separar os objetos na quantidade correta, a criança também poderá identificar qual o objeto da vez.

Algumas crianças podem gostar de separar os objetos e levá-los consigo dentro da caixa para os giros daquele ciclo. Para enfatizar a relação entre a quantidade de objetos e a quantidade de giros, o adulto pode explicar que vamos retirar um objeto de dentro da caixa a cada giro, ou que vamos colocar um objeto dentro da caixa a cada giro, cada objeto simbolizando um giro. Se a criança já está participando de jogos simbólicos, cada objeto pode ser um combustível para um dos giros, ou ainda um bilhete/ticket para cada giro.

Caso a criança esteja começando a aprender operações matemáticas simples, os cartões poderão combinar quantidades diversas de objetos diferentes (por exemplo, 3 pinos e 2 carrinhos, totalizando 5 objetos e, portanto, 5 voltas). Nesse caso, é importante que o cartão ilustre didaticamente que o número de voltas será o somatório do número de objetos (o adulto poderá contar em voz alta os próprios objetos com a criança para demonstrar o processo de soma).

Para ajudar a criança a manter-se motivada durante a interação e prolongar o tempo de duração da atividade, podemos inserir em alguns ciclos pequenas variações na ação motivadora como, por exemplo, o personagem favorito da criança usar diferentes tons de voz para criar um suspense do que está prestes a acontecer, e então agir utilizando gestos engraçados. Para incrementar os giros pelo quarto, por exemplo, o personagem pode fingir que está escorregando em uma banana ou pode dar as voltas em câmera lenta, tropeçar em um obstáculo ou fazer uma curva fechada que faça com que a criança quase caia para fora da caixa (muitas de nossas crianças adoram isso!). O personagem pode ainda cantar, dançar, ou fazer cócegas e massagens na criança além de girá-la pelo quarto.

Se a criança se interessar por dar giros pelo quarto, mas nós desejarmos trabalhar a meta de número-quantidade associada a uma meta diferente, como, por exemplo, a comunicação verbal expressiva ao invés da participação física, podemos pedir que a criança diga o número de objetos que devem ser separados a cada rodada, ou que ajude o adulto a contar o número de giros dados pelo quarto.

Já se a meta for aumentar ainda mais a participação física da criança na atividade, podemos pedir que ela coloque os objetos já utilizados de volta no local de onde foram retirados, ou que recoloque peças da vestimenta do personagem quando o personagem “perder” acidentalmente um desses objetos ao dar os giros – o personagem pode deixar seus óculos, chapéu, bolsa ou sapatos caírem durante as voltas e pedir que a criança o ajude a colocá-los de novo no lugar, para que ele volte a girá-la pelo quarto.

Se nossa criança não se interessar por dar voltas no quarto dentro da caixa de papelão naquele momento, podemos manter a mesma estrutura e meta da brincadeira e oferecer ações motivadoras diferentes, como por exemplo, o adulto pular com a criança ou o adulto passear de cavalinho com a criança em suas costas um determinado número de vezes.

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Como ajudar crianças com autismo a aprender quantidades – fazendo compras no supermercado

 

Interesses:

Participar de jogos simbólicos; realizar compras de supermercado; nomes de marcas e logos de produtos.
*recomendamos esta atividade para crianças que já apresentem um período médio de atenção compartilhada de 12 a 15 minutos.

Metas principais:

Aprendizado de quantidades.
Uso da imaginação.
Participação física da criança na brincadeira.
Comunicação verbal.

Ação motivadora (o papel do adulto):

O adulto atua na brincadeira como o cliente do supermercado que levará uma lista de compras.

Solicitação (o papel da criança):

A criança é a proprietária do supermercado e atende o cliente selecionando os produtos na quantidade descrita na lista de compras dele.

Estrutura da atividade:

O adulto explica que a criança será a dona de um supermercado e a convida para conhecer os produtos vendidos lá. A criança então entra no espaço em que será realizada a sessão e encontra prateleiras improvisadas com produtos diversos, que podem ser, inclusive, embalagens vazias e limpas de produtos que ela já conheça. No supermercado, há também um carrinho de compras (que pode ser feito com caixas de papelão ou com recipientes plásticos). O adulto mostra todos os produtos para a criança e explica, fazendo suspense, que vários clientes diferentes vão até aquela loja, e que cada cliente trará uma lista de compras. O dono do supermercado terá que separar os produtos de acordo com a lista de cada cliente.

O adulto anuncia que o primeiro cliente vai entrar. Vestimentas, gestos e uma maneira específica de falar caracterizam cada cliente incorporado pelo adulto. O primeiro cliente mostra a sua lista de compras à criança (cada lista de compras poderá ter as quantidades descritas de cada produto e os desenhos ou colagens de imagens dos produtos nestas quantidades).

A criança é estimulada a separar os produtos nas quantidades descritas e a colocá-los no carrinho. No começo, o adulto poderá ser um modelo de como usar a lista para selecionar os produtos. O adulto poderá demonstrar que será muito legal levar aqueles produtos para casa e comemorar a colocação de cada produto (ou de cada grupo de produtos) no carrinho. Quando a criança tiver compreendido bem a dinâmica da colocação dos produtos no carrinho e encontrar-se motivada a participar, demonstrando este interesse através de olhares, sorrisos, gestos, sons ou palavras, o adulto passa a solicitar que ela mesma siga selecionando os produtos da lista de compras e colocando-os no carrinho. A solicitação é um convite animado, e o adulto pode selecionar os produtos junto com a criança, se ela demonstrar qualquer dificuldade em identificar as quantidades, comemorando todas as suas tentativas. Quando toda a lista de compras estiver no carrinho, o adulto pode oferecer uma grande comemoração e fazer um enorme suspense sobre como será o próximo cliente. A criança é estimulada a recomeçar a atividade, ou seja, a receber o novo cliente com uma nova lista de compras.

Materiais sugeridos:

Durante a brincadeira, os clientes do supermercado podem utilizar vestimentas que caracterizem personagens ou pessoas que a criança goste. Você poderá aproveitar imagens de revistas ou da internet para incrementar as listas de compras.

Variações:

Podemos ajustar o grau do desafio desta atividade colocando preços nos produtos do supermercado. Se a criança estiver aprendendo operações matemáticas, estas operações também poderão ser praticadas durante a brincadeira. Por exemplo:os produtos poderão ser somados; os produtos poderão ser divididos em caixas para entrega; cada produto, com seu preço específico, poderá ser comprado em quantidades diferentes, fazendo com que a criança pratique a multiplicação.

Caso a criança esteja em um estágio mais avançado da comunicação, o adulto poderá encenar com ela situações sociais envolvendo a ida a um supermercado, como a saudação de chegada e de partida, a solicitação de informação e ajuda durante a seleção dos produtos e o agradecimento pela realização da compra, através de diálogos entre o dono do supermercado e o cliente.

Em casos de estágios ainda mais avançados do desenvolvimento, podemos propor a realização de uma sessão a três (a criança e dois adultos facilitadores). A flexibilidade e a complexidade das operações matemáticas também poderão ser trabalhadas encenando que o cliente da loja, por exemplo, recebeu uma chamada ao telefone (que pode ser encenada pelo segundo adulto facilitador) pedindo que produtos sejam trocados, retirados ou inseridos em maior quantidade na lista de compras.

Se nossa criança não se interessar pela atividade envolvendo a compra no supermercado, podemos adaptar a estrutura da brincadeira e propor a compra, por exemplo, numa loja de DVDs, numa loja de brinquedos, adesivos ou eletrodomésticos, levando em conta o atual interesse da criança. Já fizemos brincadeiras com nossas crianças em que a loja oferecia logomarcas (impressas em papel) de bancos, redes de televisão e montadoras de carros.

Durante os ciclos da brincadeira, caso a criança deseje trocar de papel com o adulto e tornar-se o cliente do supermercado, o adulto poderá alternar o papel.

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Nova pesquisa sobre padrões de pensamento no espectro do autismo

O rastreamento dos pensamentos associados às interações sociais através de ressonância magnética pode ajudar a revelar padrões cerebrais relacionados ao autismo, de acordo com uma reportagem veiculada no site de uma revista americana.

Até os dias de hoje, o diagnóstico do autismo vem sendo conduzido a partir de exames clínicos que envolvem a realização de entrevistas e observações comportamentais. O processo de diagnóstico pode envolver a realização de algumas consultas com a criança e a sua família. Nestas consultas, a criança é observada pelo profissional de saúde em situações da sua vida cotidiana e em situações específicas em que são examinadas as suas habilidades sociais e de comunicação, por exemplo, além de serem observados a existência ou não de comportamentos ritualísticos ou repetitivos e de outros indicativos do transtorno como diferentes respostas aos estímulos sensoriais.

A Revista Time publicou um artigo sobre uma pesquisa que mostra que exames com ressonância magnética, feitos nos cérebros de pessoas enquanto elas refletem sobre determinados assuntos, trazem indicativos que poderão vir a auxiliar no diagnóstico futuro do autismo. Marcel Just – autor do estudo, professor de Psicologia e diretor de um centro de pesquisas na Universidade Carnegie Mellon – junto de seus colegas, realizou uma série de exames de ressonância magnética funcional em 17 adultos jovens com autismo de alto funcionamento e em 17 pessoas sem autismo, enquanto estas pessoas pensavam sobre diferentes interações sociais, tais como o “abraçar”, “humilhar”, “chutar” e “adorar”. A equipe utilizou técnicas para mensurar a ativação de pequenos pontos do cérebro e analisou se os níveis de ativação formavam um padrão. O padrão constatado, segundo Marcel, é bastante semelhante entre as pessoas de desenvolvimento típico: “Quando você pensa sobre uma casa, uma cadeira ou uma banana, enquanto você está passando pela ressonância magnética, eu posso dizer no que você está pensando”.

A diferença nos padrões entre os dois grupos foi tão significativa que os pesquisadores conseguiram então identificar com 97% de precisão – em 33 dos 34 participantes do estudo – se um cérebro era de uma pessoa com autismo ou de uma pessoa neurotípica. Houve uma área do cérebro associada com a representação do ‘eu’ que não foi ativada nas pessoas com autismo, afirma Marcel. Segundo o autor, ao refletirem sobre abraçar, adorar, persuadir ou odiar, enquanto seus cérebros eram escaneados pela ressonância magnética, as pessoas com autismo pareciam pensar nisso como alguém que estivesse assistindo a uma peça de teatro ou lendo uma definição de dicionário. Estas pessoas não pensavam nessas ações como algo que se aplicaria a elas, indicando que no autismo a representação do ‘eu’ é alterada, fato que os pesquisadores vêm notando já há alguns anos. Para o autor do estudo, esta foi, contudo, a primeira vez que alguém usou essa premissa para tentar diagnosticar autismo a partir da observação da ativação de áreas do cérebro durante a realização de ressonâncias magnéticas.

A pesquisa sugere então que pode haver uma nova maneira de diagnosticar e compreender certos transtornos, como o autismo. Sabendo que tipos de pensamentos são tipicamente alterados em um determinado transtorno, seria possível pedir a uma pessoa que pensasse sobre eles e verificasse se seus pensamentos são de fato alterados em relação aos padrões observados nas pessoas neurotípicas, afirma Marcel. O estudo pode significar mais um avanço em direção a um diagnóstico mais rápido e mais preciso de transtornos como o autismo, e maior conhecimento sobre a forma de pensar utilizada por pessoas com autismo.

Você poderá ler mais sobre o autismo em nosso site e, para aprofundar seus conhecimentos no assunto, recomendamos ainda os livros Brincar para Crescer e Dez Coisas que Toda Criança com Autismo Gostaria que Você Soubesse.

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Revista americana Time publica estudo sobre o diagnóstico do autismo

Ao longo dos últimos anos nos EUA, as estatísticas têm apontado para um número crescente de pessoas diagnosticadas com autismo. Mas, apesar do crescente número de diagnósticos, tanto nos EUA como em muitos outros países, os motivos que levam a esse aumento na quantidade de crianças diagnosticadas ainda não estão claros e vêm sendo debatidos pela comunidade científica internacional.

Há cientistas que alegam que fatores ambientais têm ocasionado o surgimento de mutações genéticas raras, elevando o surgimento dos casos de autismo no mundo. Outros cientistas apontam que o aumento no número de crianças com autismo sendo diagnosticadas teria relação com aumento da idade dos seus pais. E existem ainda aqueles que acreditam que a emergência de um crescente número de casos do autismo deve-se, simplesmente, ao fato de que a comunidade médica tem tido mais facilidade em diagnosticar o transtorno. Em consonância com esta terceira via de pensamento, a Revista Time publica estudo sobre o diagnóstico do autismo e divulga uma pesquisa recente apresentada no periódico científico JAMA Pediatrics, que reforça a tese de que o aumento do número de casos de autismo deve-se em parte às mudanças no processo de diagnóstico.

No estudo mencionado na reportagem da Time, 677.915 crianças dinamarquesas nascidas entre 1980 e 1991 foram acompanhadas e monitoradas por pesquisadores até obterem o diagnóstico de autismo – as que não obtiveram o diagnóstico foram acompanhadas até o final do estudo, que encerrou-se em dezembro de 2011. Os pesquisadores atentaram-se às mudanças que ocorreram antes e depois de 1994, já que, neste ano, a Dinamarca alterou os critérios para diagnósticos psiquiátricos e o autismo passou a ser percebido como um espectro de transtornos. Os resultados obtidos pelos pesquisadores indicaram que um número maior de crianças foi diagnosticado com autismo a partir de 1995 e, então, a equipe estimou que 60% do aumento no número de casos de autismo diagnosticados naquele país pode ser atribuído às mudanças nos critérios do diagnóstico que foram lá implementadas.

De acordo com a Revista Time, embora as conclusões do estudo refiram-se à Dinamarca, nos EUA, assim como em outros países, mudanças similares nos critérios de diagnóstico também aconteceram nos últimos anos. A reportagem menciona que em maio de 2013 a Associação Americana de Psiquiatria divulgou novos critérios para o diagnóstico do autismo através de uma reformulação no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Segundo as diretrizes anteriores estabelecidas no Manual, as crianças analisadas deveriam atender seis dos doze critérios listados para poderem ser diagnosticadas com o autismo (ou com a Síndrome de Asperger). Atualmente, o mesmo Manual estabelece que os distúrbios devem ser enquadrados em uma categoria única (que passou a ser denominada “transtornos do espectro do autismo”), sendo que os critérios necessários ao diagnóstico tornaram-se mais específicos. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos EUA, estima que cerca de uma em 68 crianças norte-americanas está no espectro do autismo, o que é 30% maior do que as estimativas feitas pelo órgão em 2012. Stefan Hansen, da Universidade de Aarhus na Dinamarca (e autor do estudo recentemente publicado) afirma que este aumento pode relacionar-se com uma maior consciência pública acerca do autismo. Para Stefan, o fato de as pessoas se tornarem mais conscientes sobre o termo autismo ao longo do tempo faz com que os pais acabem levando os seus filhos para serem examinados com mais frequência.

A comunidade científica concorda que mais pesquisas são necessárias para entender como outros fatores podem estar contribuindo para o aumento dos casos de autismo diagnosticados em todo o mundo. O CDC fez um anúncio recente de que, ao longo dos próximos quatro anos, serão investidos mais de US $ 20 milhões para acompanhar a prevalência do transtorno do espectro do autismo entre as crianças nos EUA. A reportagem menciona que, com um acompanhamento melhor da prevalência do autismo, a esperança é que a comunidade científica e as famílias afetadas possam compreender cada vez mais o surgimento do transtorno.

Leia mais artigos sobre o autismo publicados na Revista Time acessando a página da publicação na internet (na Língua Inglesa). Você também pode saber mais sobre o autismo e sobre os tratamentos para o autismo em nosso site. Participe dos nossos cursos e saiba como ajudar sua criança, adolescente ou adulto com autismo a desenvolver suas habilidades sociais.

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15 ideias para alunos com autismo.

Cartaz com 15 ideias para a inclusão de estudantes com autismo

Um cartaz ilustrativo com 15 recomendações para a educação inclusiva de estudantes com autismo, sendo útil para pais, professores e profissionais. O cartaz poderá ser afixado em casa, nas escolas, em clínicas e instituições.

Você poderá imprimir o seu cartaz ilustrativo para projetos de inclusão de alunos com autismo usando a sua impressora e clicando aqui. Se desejar imprimir em uma gráfica, recomendamos que seja em papel couché formato A3.

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Rolar para cima

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1º lote: R$1428 até o dia 10/07/20 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 10/08/20 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 08/09/20 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 08 de setembro de 2020 (terça-feira).

Descontos em mais de um curso: Quem se inscrever em 2 cursos, também tem o desconto de 5% somado ao desconto por prazo de inscrição. Quem se inscrever em 3 ou mais cursos tem o desconto de 10% somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral dos cursos. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras.

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.

Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 24 a 27 de março

1º lote: R$1428 até o dia 17/12/21 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 15/02/22 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 15/03/22 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 15 de março de 2022 (terça-feira).

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.