Página: 8 | Inspirados pelo Autismo

15 dicas para ajudar seu aluno com autismo

Seguem as nossas 15 dicas para ajudar seu aluno com autismo. É importante notar que não é preciso implementar todas as dicas para todos os alunos. Cada aluno é único, e o que funciona para um aluno com autismo talvez não funcione para outro.

1 – Aposte na comunicação visual – prefira explicar e ilustrar conteúdos apoiando-se em figuras, quadros, fotos, objetos reais e demonstrações físicas.

2 – Opte por dividir as atividades, exercícios e tarefas em partes – em vez de pedir que o aluno faça, por exemplo, cinco operações matemáticas ou escreva dez frases de uma vez, sugira primeiro que ele comece com duas ou três.

3 – Comece pelas tarefas mais fáceis e deixe as tarefas mais complexas para o final – isso eleva a autoestima do aluno e o estimula a continuar engajado na atividade. Você pode também optar por começar com atividades que você já sabe que o aluno gosta mais, e ir introduzindo aos poucos as atividades que ele tem mais resistência.

4 – Forneça instruções claras e diretas e use palavras concretas – evite enunciados e solicitações longas e abstratas. Em vez de fazer perguntas abertas, ofereça duas alternativas e deixe que o aluno escolha a que deseja. Você poderá usar ainda músicas, gestos, objetos e personagens para facilitar a comunicação e tornar as interações com os professores e os demais alunos mais divertidas.

5 – Inclua acessórios na rotina – elabore quadros de rotinas visuais e relógios para acompanhar a marcação do tempo e antecipar Cartaz para Projetos de Inclusão Escolar – 15 Dicas para Alunos com Autismoa transição de atividades.

6 – Preveja e antecipe as mudanças na rotina – invista em explicações e avisos sobre as mudanças. Leve o aluno antes para conhecer um novo espaço ou uma nova situação e observe se ele se sente confortável com a novidade.

7 – Seja um modelo social e convide os outros alunos a também agirem dessa forma – dê exemplos de respostas sociais esperadas em situações cotidianas e mostre claramente as emoções que as pessoas sentem em determinadas situações.

8 – Invista na troca de informações com a família e com os outros profissionais que auxiliam o aluno – mantenha anotações detalhadas na agenda diária do aluno e converse com a família sobre habilidades adquiridas e desafios encontrados no dia a dia.

9 – Observe a ocorrência de sobrecarga sensorial – ofereça exercícios físicos, massagens ou objetos de conforto de forma a auxiliar o processamento sensorial.

10 – Identifique os interesses e motivações do aluno – use esses interesses e motivações para despertar  a atenção para as atividades, para facilitar o engajamento nas tarefas e para manter o aluno focado numa tarefa quando a classe estiver mais agitada.

11 – Prepare alternativas para as atividades – planeje um “plano B”, ou seja, uma forma alternativa de apreender determinado conteúdo ou de executar determinada atividade.

12 – Acredite no potencial do aluno – procure soluções criativas para verificar se o aluno tem absorvido o conhecimento, especialmente nos casos dos alunos que ainda não utilizam a comunicação verbal.

13 – Troque questões abertas por questões fechadas (como as de múltipla escolha) e incorpore desenhos, esquemas visuais e ilustrações às questões e explicações.

14 – Use histórias sociais, de preferência ilustradas ou reproduzidas teatralmente, para explicar situações sociais mais complexas como as festas da escola, a chegada das férias ou a troca de professores – todas estas situações podem ser antecipadas, explicadas e ensaiadas através destas histórias sociais.

15 – Não tenha medo de errar – tente encontrar os caminhos que funcionam melhor com cada aluno, lembrando que as crianças com autismo podem diferir bastante entre si.

Quer conhecer experiências de alunos com autismo na escola? Leia a série de reportagens publicadas na Revista Escola sobre o projeto de inclusão do aluno Matheus.

Veja o nosso post com uma imagem ilustrativa das nossas 15 dicas de como ajudar seu aluno com autismo. Você mesmo poderá imprimir um cartaz ilustrativo para projetos de inclusão de alunos com autismo usando a sua impressora.

Gostou das nossas 15 dicas de como ajudar seu aluno com autismo? Compartilhe com os seus amigos e colegas de trabalho o nosso artigo pressionando os ícones abaixo (temos ícones para o Facebook, Google+, Twitter e outras redes sociais).

Será um prazer também ler os seus comentários ou suas próprias dicas para alunos com autismo – por exemplo, alguma coisa que funcionou para seu filho ou aluno. Deixe as suas dicas, opiniões e perguntas aqui mesmo, escrevendo no campo a seguir.

15 dicas para ajudar seu aluno com autismo Read More »

Aluno com autismo na escola – história de persistência!

No último fim de semana, Fernanda – uma moça com 21 anos diagnosticada com espectro do autismo aos 11 – fez as provas do Enem. Fernanda compareceu ao campus da Uninove em São Paulo para prestar os exames e com eles obter um certificado de conclusão do ensino médio, possibilidade que lhe fora concedida após intermediação junto ao Ministério da Educação (MEC). O MEC concedeu à Fernanda uma autorização para que sua nota no Enem sirva como certificado de conclusão do ensino médio. Assim como muitos outros jovens, Fernanda quer também lutar pelo seu sonho de aprimorar sua capacitação. Após a obtenção do certificado de conclusão do ensino médio, o curso que Fernanda tem em vista é o de web designer.

Aluno com autismo na escola - história de sucesso!

Reportagens publicadas em diferentes sites, como os do Jornal O Globo e do Uol, contam a história da jovem e destacam que, para ela e para a sua família, o fato de estar fazendo a prova é, por si só, uma vitória. Fernanda estava confiante em relação aos exames e sentia-se vitoriosa. Sua mãe, Regiane, estava muito emocionada. Regiane contou à um dos veículos de comunicação que elas enfrentaram diversos desafios na educação de Fernanda e que, devido às dificuldades no processo de adaptação nas escolas públicas, ela teve parte de sua escolarização feita em escolas especializadas particulares (onde ela estudou com bolsas) e em outras entidades que atendem pessoas com autismo. Regiane afirmou que se empenhou muito em busca de tratamentos e de educação especializada para a filha, tendo auxiliado Fernanda também em casa durante o período escolar, em disciplinas como história e geografia. A arte terapia e a própria habilidade de Fernanda para desenhar, que foi desenvolvida de forma autodidata, foram aproveitadas ao longo de sua trajetória para impulsionar o seu aprendizado e para facilitar a comunicação já que, segundo Regiane, Fernanda passou por períodos em que empregava pouco a linguagem verbal.

Fernanda, que aos quatros anos de idade já fazia ilustrações no programa Paint, levou alguns de seus desenhos ao campus no dia das provas do Enem e disse querer estudar para poder dar vida às suas criações. Para isso, Fernanda quer aprender animação gráfica e dublagem e também aprender a fazer desenhos em 2D e 3D, frutificando a inspiração que ela colhe em desenhos, em filmes e na realidade ao seu redor.

Durante os dias das provas do Enem, Fernanda afirma que tudo transcorreu bem. Ela contou com a ajuda de dois assistentes da equipe do Enem – um ledor e um transcritor – que possibilitaram a adaptação das provas, trazendo acessibilidade ao processo de avaliação. Fernanda quer que sua experiência sirva de exemplo para outras pessoas com autismo, mostrando que todos devem sentir-se motivados a participar dos exames. As provas longas demandaram de Fernanda muita dedicação e paciência. O tema da radiação, presente em uma das questões, chamou sua atenção, por ser um assunto de seu interesse. Outro ponto alto dos exames foi uma questão de história ilustrada com quadrinhos da Turma da Mônica.

A trajetória de Fernanda e a notícia sobre a sua participação no Enem nos fazem pensar:  como ajudar um aluno com autismo em seu processo educacional? Você conhece alguma história inspiradora ou alguma trajetória de persistência de algum aluno com autismo na escola? Conte para a gente! Compartilhe também conosco e com outros pais e profissionais que acessam o nosso blog experiências que deram certo com as pessoas com autismo com as quais você se relaciona, em relação ao processo educacional.

Aluno com autismo na escola – história de persistência! Read More »

Criança com autismo setindo-se feliz

Como se inspirar para ajudar crianças, adolescentes e adultos com autismo

Arte, equoterapia, brincadeiras no parque ou sessões no quarto de brincar, todas essas atividades – somadas ao carinho, amor e dedicação de pais e profissionais – são elementos que se misturam na trajetória de três crianças e um adulto com autismo que residem na região centro-oeste do Brasil. Algumas cenas da vida cotidiana de Mariá, Tales, Francisco e Davi foram mostradas numa reportagem televisiva feita por uma emissora do Mato Grosso, e que você poderá assistir clicando aqui.

O objetivo da reportagem é mostrar como crianças, adolescentes e adultos com autismo podem vencer obstáculos e como nós podemos construir uma ponte para a interação social com eles. Acima de tudo, a bonita reportagem nos mostra que devemos ser gratos pelos desafios superados pelas pessoas com autismo; e ainda nos lembra que a esperança e o entusiasmo por parte de pais, familiares e profissionais são aliados valorosos para o desenvolvimento das pessoas com autismo.  Como se inspirar para ajudar crianças, adolescentes e adultos com autismo

Na Inspirados pelo Autismo também acreditamos que crenças, sentimentos e intenções podem tornar-se aliados importantes. Para nós, crenças, sentimentos e intenções podem ser revisitadas e trabalhadas para que possamos ajudar, da melhor forma possível, as pessoas com autismo com as quais convivemos. Ou seja, pais, familiares e profissionais têm a oportunidade de se conhecerem melhor e revisarem o seu próprio estado emocional, estando assim mais bem preparados e verdadeiramente inspirados para auxiliar as crianças, adolescentes e adultos com autismo em seu processo de crescimento.

Nós percebemos que a crença na capacidade de aprendizado da pessoa com autismo é o primeiro passo para se estimular o seu desenvolvimento social. A nossa experiência com famílias de pessoas com autismo tem nos mostrado que a adoção de uma perspectiva inspiradora é crucial para a promoção do desenvolvimento destas pessoas. Você pode estar se perguntando: mas, na prática, como se inspirar para ajudar crianças, adolescentes e adultos com autismo? Temos em nosso site uma seção sobre esse assunto, chamada Inspire-se. A leitura atenciosa dessa seção vai proporcionar a você diversas ideias sobre como trabalhar o seu próprio estado emocional antes de começar a ajudar a sua criança, adolescente ou adulto com autismo.

pessoa inspirada pela criança com autismoEstarmos gratos e valorizarmos os pequenos desafios superados pelas crianças, adolescentes e adultos é outro exercício que pode ser incrivelmente benéfico ao tratamento. Nós acreditamos que o amor e a apreciação por uma criança, adolescente ou adulto são componentes essenciais para sua educação e desenvolvimento. Notamos que a ciência está começando a compreender a importância destas profundas emoções no desenvolvimento humano, especialmente no desenvolvimento de pessoas com autismo. Para saber como sentir uma maior apreciação e construir um vínculo com sua criança, leia em nosso site a seção Os Sentimentos. Leia a seção com carinho e, se desejar, repasse seu conteúdo às pessoas próximas a você.

Um último princípio fundamental que norteia o trabalho da Inspirados pelo Autismo e que gostaríamos de abordar aqui é a crença de que os cérebros das pessoas com autismo apresentam plasticidade. Isto significa que os cérebros delas aprendem, se desenvolvem e podem ser modificados por cada experiência vivida – assim como qualquer cérebro. Ao oferecermos um ambiente de aprendizado otimizado para as pessoas com autismo, nós podemos ajudá-las a reconstruir os seus cérebros e aprender a superar os desafios relativos a habilidades sociais e de comunicação típicos do autismo. Temos em nosso site recomendações sobre como criar um ambiente otimizado para pessoas com autismo, além de diversas sugestões de atividades que poderão ser desenvolvidas nesse espaço – ou em outros espaços físicos nos quais as pessoas com autismo sintam-se à vontade. Estas são informações que já possibilitam a pais e profissionais iniciar imediatamente a aplicação de nossa abordagem.

Então, crie um ambiente otimizado, escolha uma atividade interativa e observe sempre as suas próprias emoções e atitudes!

Brincando com a criança que tem autismoSermos animados, expressivos e divertidos facilita a construção de uma interação com a pessoa com autismo. Além disso, estarmos atentos aos interesses e motivações da pessoa com autismo e elaborarmos atividades personalizadas que abranjam estes interesses e motivações são outros fatores que podem ajudar no engajamento social das crianças, adolescentes e adultos – estas foram as recomendações dadas pelas psicólogas Jaqueline e Fernanda, de Cuiabá, aos telespectadores da reportagem televisiva feita em Mato Grosso. Estas duas profissionais – junto a outras cinco talentosas consultoras – fazem parte da Equipe de Consultores em Treinamento da Inspirados pelo Autismo. Aguarde por nossas novidades!

 

Gostou da reportagem televisiva? Apreciou as nossas sugestões? Então, acesse as redes sociais e compartilhe este artigo. Ajude-nos a divulgar estas ideias!

Como se inspirar para ajudar crianças, adolescentes e adultos com autismo Read More »

Atividade divertida para criança com autismo

Passeio no super carro – atividade para crianças com autismo

Leia uma divertida atividade para crianças com autismo para desenvolvimento da comunicação verbal e da atenção compartilhada!

Interesses:

Brincadeiras físicas, ser puxado sobre um colchonete, rodar, cócegas, massagens, bolhas de sabão, personagens favoritos de sua criança (por exemplo, os carros McQueen e Mate, da animação “Carros”, da Disney).

Metas principais:

Comunicação verbal.
Desenvolver período de atenção compartilhada de 10min ou mais.

Ação motivadora (o papel do adulto):

Levar a criança para passear pelo quarto sobre um colchonete, edredom, lençol ou lycra, com ou sem travesseiro. Você, utilizando o colchonete, representará o personagem McQueen, que levará a criança para variados tipos de passeios no quarto e estacionará em diferentes locais da cidade, como o Lava-Rápido (massagem), a Sorveteria de Pistache do Mate (cócegas) e o Trator das Bolhas (bolhas de sabão).

Solicitação (o papel da criança):

Falar a palavra “passear” para pedir por mais passeio no carro do McQueen.

Preparação da atividade:

Você pode se caracterizar de McQueen vestindo-se de vermelho e prendendo um cartaz do McQueen em sua camiseta. Se você tiver uma caixa de papelão com dimensões de cerca de 50cm X 50cm X 40cm, você pode decorar as laterais como sendo o carro McQueen, abrir o fundo para poder entrar dentro dela e “vesti-la”. Desenhe ou faça colagens com impressões da internet em 3 cartazes que representarão os diferentes locais que vocês visitarão: a figura de um lava-rápido com um carro dentro, a figura de um sorvete com o Mate ao lado, e a figura de um trator fazendo bolhas de sabão. Cole cada cartaz em uma parede diferente do quarto.

Estrutura da atividade:

Anuncie com animação que você agora é o McQueen e que gostaria de levar sua criança para passear no colchonete pelo quarto para todos estes lugares incríveis. Explique o que acontecerá no carro e nos diferentes lugares. Se a criança não se sentar ainda no colchonete mas estiver interessada em você, coloque um boneco ou fantoche no colchonete e mostre para a criança como a brincadeira funciona. Quando ela se sentar no colchonete, puxe o colchonete pelo chão do quarto e comece a modelar a palavra “passear”. Faça pausas e observe os sinais da criança demonstrando querer ou não a continuidade da brincadeira. Variar a velocidade e o trajeto do passeio pode trazer mais diversão. Ofereça passeios rápidos, lentos, com tranquinhos, com pulinhos (buracos na estrada!), curvas mais radicais, paradas inesperadas no repentino farol vermelho, fantoches e bonecos como acompanhantes no carro. Você dá várias voltas pelo quarto puxando a criança no colchonete e alterna as paradas nos diferentes locais. Ao visitar o Lava-Rápido, você oferece à criança massagem com os panos que lavam o “carro”. Na Sorveteria de Pistache do Mate, a criança ganha um sorvete de pistache que na verdade é pimenta e causa um “ataque de cócegas” que você faz nela. No Trator das Bolhas, você faz bolhas de sabão e ajuda a criança a pegar cada uma delas. Quando a criança estiver altamente motivada, solicite que ela tente falar a palavra “passear” antes de cada novo ciclo de passeio no colchonete. Celebre e imediatamente dê a ação de passear como resposta a qualquer tentativa da criança para falar a palavra, mesmo que ela ainda não consiga falar a palavra solicitada claramente.

Variações:

Se a sua criança está começando a falar em sentenças ou já fala em sentenças de 4 a 5 palavras, você pode solicitar que ela diga em uma sentença qual o tipo de passeio ou para qual local ela deseja ir. Modele e solicite uma sentença apropriada ao estágio de desenvolvimento da comunicação verbal de sua criança.

Você pode adaptar esta atividade para um adolescente ou adulto substituindo o colchonete por uma cadeira giratória com rodízios (rodinhas), e substituindo a temática da animação “Carros” por uma temática de interesse da pessoa. A cadeira pode ser um trem, um avião, um foguete, uma máquina do tempo, uma montanha russa, um portal mágico, um caminhão de bombeiros, o que for interessante para o seu parceiro de brincadeira.

Ao invés de solicitar que a criança ou adulto fale a palavra “passear”, você pode solicitar que a pessoa escolha o local que deseja ir entregando a você um dos cartões ou cartazes idênticos aos cartazes afixados na parede para representar os diferentes locais.

Observações:

Simplifique! Você não precisa confeccionar nada, não precisa ser nenhum personagem, e nem inventar diferentes estações no quarto para oferecer novas ações motivadoras durante a brincadeira. Simplesmente convide sua criança para passear no colchonete! Faça pausas animadas, solicite que ela comunique de alguma forma que quer passear de novo, e a leve para passear novamente. Divirta-se dessa maneira! Depois de algumas sessões, você pode começar a adicionar novos elementos na brincadeira. E se a sua criança ainda não apresenta uma média do período de atenção compartilhada de 5 minutos ou mais, esta versão simplificada é a mais recomendada para ela.

O que você achou dessa atividade para crianças com autismo?

Envie-nos a sua opinião sobre essa atividade e compartilhe a atividade para crianças com autismo com seus familiares e amigos!

Releia também o nosso texto sobre a educação social das pessoas com autismo: http://www.inspiradospeloautismo.com.br/o-que-e-autismo/educacao-social-no-tratamento-de-autismo/

Passeio no super carro – atividade para crianças com autismo Read More »

Atividade interativa para crianças com autismo - fazendo a história

Fazendo a história – atividade para crianças com autismo

Leia uma atividade para crianças com autismo que pode ajudar a desenvolver a capacidade de acompanhar e compreender uma história e a participar dela!

Interesses:

Animais, meios de transporte, efeitos sonoros e onomatopeias.

Metas principais:

Acompanhar e compreender uma sequência narrativa.
Participação física.

Ação motivadora (o papel do adulto):

Contar uma história para a criança utilizando a sequência narrativa de um livro caseiro personalizado. Utilizar sua expressividade facial, corporal e de voz em breves encenações para ajudar a criança a manter-se atenta e motivada durante toda a história. Oferecer opções de cartões para que a criança complete a história.

Solicitação (o papel da criança):

Escolher o cartão que completará cada trecho da história do livro.

Preparação da atividade:

Confeccione um livro personalizado utilizando papel de tamanho A3 e deixe espaços em branco no texto para que cartões possam ser encaixados de forma a completar a história. Confeccione de 2 a 4 cartões diferentes como opções para cada espaço em branco. Os cartões podem conter apenas fotos/desenhos, conter fotos/desenhos e palavras, ou apenas palavras, dependendo do estágio de desenvolvimento das habilidades cognitivas de sua criança. Plastifique tanto o livro como os cartões e cole um fita de Velcro no verso dos cartões e nos trechos em branco do livro para que os cartões possam ser encaixados desta forma. Abaixo um exemplo de história e de cartões:

Era uma vez um…

  • gato
  • cavalo
  • tigre
  • sapo

Que morava em uma casa…

  • vermelha
  • amarela
  • azul
  • verde

Um dia, ele foi passear de…

  • carro
  • trem
  • helicóptero
  • caminhão

E ele chegou na….

  • escola
  • praia
  • floresta
  • piscina

Ali, ele encontrou seu amigo…

  • pato
  • leão
  • macaco
  • urso

E eles comeram juntos uma deliciosa e gigante…

  • banana
  • laranja
  • melancia
  • maçã

Estrutura da atividade:

Quando você começar a contar a história, mantenha todos os cartões em uma prateleira e mostre à sua criança apenas os 2 a 4 cartões referentes à primeira página. Seja o modelo para sua criança, escolha um dos cartões e coloque você mesmo o cartão no espaço com velcro do livro, sem pedir nada à criança. Guarde na prateleira os cartões daquela página que não foram utilizados. Continue a história utilizando sua expressividade e animação, encenando, oferecendo efeitos sonoros relativos aos meios de transporte e onomatopeias para cada um dos animais. A cada espaço em branco, mostre os novos cartões e estimule a criança (caso ela esteja altamente motivada) a ajudá-lo a escolher um cartão e encaixá-lo no livro. Lembre-se que o momento em que solicitamos algo da criança também faz parte da diversão. Traga leveza e animação para este momento demonstrando sua empolgação em escolher os cartões e montar a história. A criança não precisa escolher e colocar os cartões no livro. Se ela conseguir manter-se atenta e acompanhar toda a história, isso já é fantástico para uma criança que ainda não adquiriu a habilidade de seguir sequências narrativas orais ou escritas. E se ela participar escolhendo e colocando os cartões no livro, lembre-se de celebrar muito suas participações!

Variações:

Se a sua criança gosta de música, você pode fazer uma história cantada. Com uma melodia conhecida, você pode confeccionar o livro escrevendo a letra original ou uma letra modificada para montar a sua história e também deixar espaços em branco para a criança completar com os cartões.

Observações:

Algumas crianças podem se beneficiar de uma história com menos espaços em branco para completar – ou até nenhum – caso os espaços em branco e os cartões a distraiam dificultando a compreensão da história narrada. Se este for o caso de sua criança, invista em livros personalizados confeccionados por você com os interesses da criança, com texto simplificado e ilustrações atraentes, para que você possa simplesmente contar a história com animação e expressividade.

Imprima um modelo de história gratuita:

Clique em Quero minha história!

Gostou dessa atividade para crianças com autismo?

Conte-nos o que você achou dessa atividade e compartilhe a atividade para crianças com autismo com seus amigos!

Quer ler outras ideias de atividades? Acesse a nossa seção completa de atividades interativas.

Você também poderá ler em nosso site informações sobre como criar um ambiente físico otimizado para a realização das atividades interativas.

Fazendo a história – atividade para crianças com autismo Read More »

Como ajudar uma criança com autismo a tomar banho

A hora do banho pode ser um momento divertido e gostaríamos de ajudar você e a sua criança, adolescente ou adulto com autismo nesta tarefa. Leia abaixo algumas ideias e recomendações que podem ser úteis para ajudar uma criança com autismo a tomar banho:

Facilite a transição da criança com autismo para o banheiro

Podemos nos preparar para a transição de atividades e de ambientes oferecendo explicações para a pessoa com autismo sobre a chegada do momento do banho. Por exemplo, podemos mostrar um quadro de rotina visual  daquele dia ou cartões que sinalizem a hora do banho; podemos aplicar o método “3,2,1” de contagem regressiva dos minutos para avisar à pessoa com autismo paulatinamente que a hora do banho está se aproximando ou ainda fazer sinaleiras de cartolina ou E.V.A. com círculos ou barras que vão diminuindo para demonstrar visualmente a passagem do tempo e a aproximação da hora do banho; ou podemos usar músicas, percussões, efeitos sonoros ou gestos para marcar o final da atividade anterior e anunciar que a próxima atividade será o banho.

Nós podemos encorajar o momento do banho com energia e entusiasmo, ao mesmo tempo em que buscamos tornar outras atividades que competiriam com o banho indisponíveis. Após a contagem regressiva, quando chegar o momento da criança com autismo tomar banho podemos desligar a TV ou o computador, fecharmos as portas para os quartos e nos despedirmos das outras pessoas que não participarão do banho conosco.

Torne o banheiro um lugar interessante

Para ajudar a criança com autismo a tomar banho de um jeito que seja prazeroso para ela, o banheiro deve se tornar um lugar em que ela se sinta à vontade. Se a sua criança não se sente confortável no banheiro, tente investigar quais motivos levam a criança a isso. Observe quais estímulos sensoriais podem estar incomodando a criança e tente minimizá-los. Há muitos objetos/luzes/cores/texturas no ambiente? Há algum cheiro ou ruído desagradável? Como a criança lida com a textura da toalha e do tapete? E o odor e a textura dos produtos de limpeza?

Você poderá também usar uma técnica de dessensibilização e levar a criança até mais próximo do banheiro em alguns outros momentos do dia, explicando a importância do banheiro para nos mantermos limpos e saudáveis. Você mesmo poderá ser um modelo social ao longo do dia e explicar que está indo ao banheiro para, por exemplo, escovar os dentes ou tomar banho, e mostrar como isso é bom para a sua saúde e bem estar.

Ou você pode criar histórias sociais com personagens que tomam banho em meio ao conto. Você pode confeccionar páginas avulsas, um livro de histórias ou usar livros que já existem. A história também pode ser dramatizada por você junto a outras pessoas para ajudar a criança a tomar banho. Lembre-se de retirar do banheiro quaisquer utensílios que possam distrair ou trazer riscos à criança. Se a sua criança já apreciar o ambiente do banheiro, veja quais estímulos sensoriais ela mais gosta e valorize esses estímulos durante o banho. A criança pode gostar de tocar a água, o sabonete, a bucha de banho, ver as luzes do banheiro ou brincar com as imagens do espelho. Aproveite isso!

Quando a hora do banho estiver próxima, você pode começar a encher a banheira e adicionar os brinquedos ou objetos favoritos da criança no box do chuveiro ou na banheira. Faça gestos e sons que demonstrem que você está se divertindo no banheiro. Tente tornar o banheiro o lugar mais interessante e divertido da casa nesse momento! Se a criança vier para o banho sozinha, ou até se aproximar ou chuveiro ou da banheira, faça uma festa e a comemore por isso. Se ela estiver brincando com o brinquedo favorito dela antes do banho e demonstrar aceitar a sua participação na atividade, você pode tentar trazer paulatinamente o brinquedo para o banheiro, continuando a brincadeira nesse ambiente e dando início ao banho propriamente dito aos poucos, até como parte da atividade lúdica.

Aproveite interesses e motivações do momento para ajudar uma criança com autismo a tomar banho

Há poucos dias atrás, publicamos um artigo sobre como usar os personagens prediletos da criança em atividades interativas. Essa ideia pode ser útil para você também na hora do banho. Caso a sua criança não esteja brincando com algo que você possa aproveitar e levar até o banho, verifique se há algum personagem, brincadeira, música ou atividade que a sua criança esteja apreciando bastante nos últimos dias. Busque identificar os interesses e motivações recentes de sua criança e tente usá-los para iniciar uma atividade antes do banho. Por exemplo, se a sua criança está gostando de um personagem, comece a encenar o personagem ou a cantar uma música relacionada a ele antes mesmo de começar a levar a criança até o banheiro. Você pode usar objetos, os movimentos de seu corpo ou a sua voz para levar devagarinho para dentro do banheiro esse personagem do momento. Você pode mostrar como o personagem está empolgado com o banho e como ele ficará feliz depois dele.

Crie ou expanda atividades

Uma vez que vocês já estejam no banheiro, busque continuar expandindo a brincadeira e, aos poucos, vá incluindo na atividade as etapas do banho. No caso de nosso exemplo com o personagem, ele pode ajudar a criança a tirar a roupa e a entrar no box ou na banheira, ele pode nadar, mergulhar e interagir com a água, ele pode se esconder ou percorrer o ambiente do banheiro em uma aventura junto com a criança, ajudá-la a usar o xampu e o sabonete e a se secar. Lembre-se de aceitar as colaborações e mudanças que a criança propuser ao longo da brincadeira e a respeitar o seu estado de disponibilidade durante o banho – talvez a criança, em algum momento, queira manipular algum brinquedo ou experienciar aquele momento sozinha.

Utilize apoios visuais, musicais e cinestésicos

Traga para o banheiro uma folha de papel plastificada com as imagens das etapas de higienização do banho para dar previsibilidade de todas as partes do corpo que serão lavadas. Essa previsibilidade da rotina de higienização ajudará a criança a se sentir mais segura e estimulará maior autonomia também. Você também poderá cantar uma melodia conhecida, mas com a letra modificada para narrar as etapas do banho. Um apoio cinestésico para auxiliar a criança a se lembrar das etapas do banho pode ser uma espécie de coreografia que vocês realizam com os passos da higienização enquanto cantam a canção do banho.

Aproximação gradativa ao objetivo

Se a criança tem aversão ou medo de lavar o cabelo pois não gosta da água nos olhos e no nariz, você pode experimentar lavar o cabelo dela utilizando um copo de plástico com água. Leve o copo até a nuca da criança, avise que você molhará a nuca dela e despeje cuidadosamente a água apenas na nuca. Repita o procedimento e, aos poucos, sempre dando previsibilidade do que vai acontecer, despeje a água de pontos cada vez mais altos da cabeça, por trás. A criança tentará inclinar a cabeça para frente para que a água não caia no rosto, mas isso levará mais água ao rosto, então explique desde o ponto da água na nuca, que se ela inclinar a cabeça para trás, a água não escorrerá para o rosto. Avise o que vai acontecer cada vez que você levar o copo com água próximo à cabeça dela, peça para ela inclinar a cabeça um pouquinho para trás, conte até 3 e gentilmente despeje a água por trás da cabeça protegendo o rosto da criança com sua outra mão (ou com a mão dela) para que não escorra nada de água na face. Uma outra estratégia é a criança utilizar óculos de natação enquanto você lava o cabelo dela ou ela mesma lava o cabelo para que a água não escorra em seus olhos. Uma viseira na cabeça da criança também poderia ajudar, pois menos água escorreria nos olhos e no nariz. Notamos que, geralmente, conforme a criança aprende a nadar e a mergulhar, o medo da água no rosto tende a diminuir.

Quanto ao secador, recomendamos uma exposição gradativa à atividade. Procure um secador o mais silencioso possível e utilize primeiro o modo de ventilação fria a uma boa distância da cabeça de sua criança. Quando ela estiver acostumada com isso, calma e confiante na atividade, tente colocar a ventilação na temperatura morna ainda a uma boa distância da cabeça. Aos poucos, aproxime o secador da cabeça dela. No início, pode demorar mais para você completar o banho e a secagem do cabelo, mas com a criança calma e sentindo-se segura, sem ser forçada, ele poderá aos poucos se tornar mais participativa e independente nestas atividades.

Seja calmo e persistente

Em nossa abordagem responsiva, nós buscamos introduzir uma rotina e tornar as atividades cotidianas prazerosas, evitando manipular a criança fisicamente de modo a forçá-la a seguir esta rotina, pois em nossa experiência este tipo de atitude não estimula o tipo de interação social e flexibilidade que nós desejamos promover em nossas relações com elas (para rever os conceitos fundamentais de nossa abordagem responsiva clique aqui). Ao invés disso, nós somos calmos, entusiasmados, persistentes e flexíveis enquanto encorajamos a hora do banho. Apesar de esta abordagem demandar a curto prazo um período de tempo maior para a realização das atividades cotidianas, notamos que, a longo prazo, esta atitude nos ajuda a conseguir muito mais rapidamente a participação espontânea que queremos.

Ou seja, numa primeira tentativa, ao seguir as recomendações acima, o banho da criança pode acabar demorando mais que o esperado, mas você poderá perceber com o tempo que nas próximas vezes o processo poderá ser reduzido, e continuará sendo divertido. Reserve um período no seu dia para o momento do banho e não tenha pressa caso a criança leve algum tempo para engajar-se nele e para concluí-lo nas primeiras tentativas.

Importante: Aprecie esse momento junto com a criança! Apaixone-se pelos interesses e motivações atuais da sua criança e não tenha receio em colocar em prática a sua criatividade e expressividade. Na hora do banho, tente apreciar você também essa atividade. Sabemos que muitas vezes temos um tempo contado durante o dia para o banho, mas tente encontrar algumas oportunidades ao longo da semana em que vocês poderão entrar para o banho com calma e com disponibilidade para apreciar a atividade. Em nossos Cursos de Módulo 1 abordamos outras técnicas que podem ser utilizadas por você em seu dia a dia.

Veja em nosso site a programação dos eventos introdutórios, abertos a pais, familiares e profissionais ligados a pessoas com diagnósticos do autismo. Para ler mais informações sobre outras atividades da vida diária, acesse o nosso site e verifique nossas recomendações sobre alimentação, escovação de dentes e visitas ao dentista.

Compartilhe com a gente as suas dicas e experiências escrevendo um comentário abaixo para o nosso blog! As suas dicas e experiências poderão ser úteis para outros pais, familiares e profissionais. Vamos trocar ideias!

Educação inclusiva para pessoas com autismo - banner 2

Como ajudar uma criança com autismo a tomar banho Read More »

Como os pais podem ajudar suas crianças com autismo

Uma reportagem publicada no site da Veja neste mês sob o título “‘Treinar’ pais de criança autista reduz sintomas do transtorno” traz resultados importantes de uma pesquisa realizada com crianças com sinais de autismo em seus primeiros anos de vida.

O estudo foi realizado nos EUA e utilizou o método Infant Start, cuja proposta seria capacitar os pais para que eles, em seu convívio diário com as crianças, possam ajudá-las a desenvolver suas habilidades de comunicação, atenção compartilhada, interação e aprendizado social.

Segundo o site da Universidade da Califórnia, onde o estudo foi conduzido, o método foi utilizado junto a crianças com 6 a 15 meses de idade, durante um período de seis meses. As sete crianças selecionadas para participar do estudo apresentaram sintomas de autismo tais como a diminuição do contato visual e do interesse ou engajamento social , padrões de movimento repetitivos e falta de comunicação intencional.

Autism treatment in the first year of life: A pilot study of Infant Start, a parent-implemented intervention for symptomatic infants“, é de co-autoria dos professores de Psiquiatria e Ciências Comportamentais da Universidade da Califórnia, em Davis, Sally J. Rogers e Sally Ozonoff e foi publicado on-line no Journal of Autism and Developmental Disorders​.

Rogers, a principal autora do estudo e desenvolvedora do método Infant Start, afirma que “a maioria das crianças do estudo, ou seja, seis das sete crianças, conseguiu alcançar todas as habilidades de aprendizagem e de linguagem quando observadas aos dois ou três anos de idade. Estas crianças praticamente não foram diagnosticadas com autismo até então”, o que demonstra a eficácia do tratamento precoce com a ajuda dos pais.

A participação fundamental dos pais, sob orientação dos profissionais

Para Rogers, os pais, após receberem o treinamento por parte da equipe de profissionais, assumiram um papel fundamental no processo, pois eles estão todos os dias com seus bebês e podem aproveitar momentos cotidianos como a troca de fraldas, a alimentação, as brincadeiras no chão, as caminhadas e as atividades de lazer para colaborarem na aprendizagem dos pequenos. Segundo Rogers, “Esses momentos, os pais podem aproveitar de uma forma que mais ninguém realmente pode”.

A importância da intervenção precoce

De acordo com as informações existentes no site da Universidade da Califórnia, as crianças diagnosticadas com autismo normalmente recebem intervenção precoce com início aos 3 ou 4 anos de idade, seis a oito vezes mais tarde do que as crianças que participaram do estudo. Mas os primeiros sintomas de autismo podem estar presentes durante o primeiro ano de vida da criança, sendo a primeira infância um momento crucial para que as crianças desenvolvam a interação social e a comunicação. Por isso, os pesquisadores e pais de crianças com autismo têm trabalhado para identificar a desordem e começar a intervenção mais cedo.

Ozonoff, que dirige o Instituto MIND e coordena projetos de detecção precoce em bebês com risco de desenvolver autismo, diz que: “Queremos fazer os encaminhamentos para a intervenção precoce logo que há sinais de que um bebê possa estar desenvolvendo autismo”. Mas a pesquisadora reconhece que “Em muitas partes do país e do mundo, os serviços que abordam habilidades de desenvolvimento específico para o autismo não estão disponíveis para crianças tão jovens”, o que sinaliza os desafios no emprego do método.

Como os pais podem ajudar suas crianças com autismo: a eficácia das sessões “um a um” e de se seguir os interesses da criança

O tratamento utilizado no estudo foi baseado na abordagem conhecida como Early Start Denver Model (ESDM), desenvolvida por Rogers e Geraldine Dawson, professora de Psiquiatria, Psicologia e Pediatria da Universidade Duke, na Carolina do Norte.

Tendo o Early Start Denver Model como pano de fundo, os pais foram orientados a apoiar, de forma individualizada, as necessidades de desenvolvimento de seus filhos, além de observar os interesses das crianças, priorizando a criação de rotinas sociais prazerosas. A intervenção teve como objetivos aumentar a atenção das crianças para a voz e os rostos dos pais; aumentar as interações entre pais e filhos, trazendo sorrisos e prazer para ambos; aumentar a imitação de sons e ações intencionais; e fazer uso de brinquedos apenas para apoiar a atenção social da criança, e não competindo com ela.

O tratamento consistiu em 12 sessões de uma hora com as crianças e os seus pais, tendo sido seguido por um período de manutenção de seis semanas, com visitas quinzenais, e avaliações para acompanhamento em 24 e 36 meses.

As crianças que receberam a intervenção apresentaram uma redução significativa na gravidade do autismo entre 18 a 36 meses de idade, quando comparadas com um pequeno grupo de crianças com o mesmo grupo de sintomas e que não receberam a terapia. As crianças que receberam a intervenção tiveram um prejuízo menor quanto aos atrasos de linguagem e de desenvolvimento se comparadas aos dos demais quatro grupos de controle.

As limitações do estudo

Conforme mencionado no site da Universidade da Califórnia, considerando a natureza preliminar dos resultados, o estudo apenas sugere que o tratamento precoce dos sintomas possa vir a diminuir o surgimento de outras dificuldades mais tarde. Assim, a realização de mais estudos controlados seria necessária para testar e a avaliar a possibilidade de emprego do tratamento para um uso geral. No entanto, para os pesquisadores, os resultados deste estudo inicial são significativos e relevantes devido às idades dos bebês, ao número de sintomas e atrasos que exibiram no início da vida, ao número de grupos de comparação envolvidos no estudo, e ao fato de que a intervenção aplicada foi de baixa intensidade, podendo ser realizada pelos pais em suas rotinas diárias.

Rogers salienta que: “Meu objetivo é que crianças e adultos com sintomas de autismo possam ser capazes de participar com sucesso no dia a dia e em todos os aspectos da comunidade em que desejem participar: terem um trabalho satisfatório, atividades de lazer e relacionamentos, uma educação que atenda às suas necessidades e objetivos, um círculo de pessoas que amam, e estarem satisfeitos com as suas vidas”.

Gostou dessa reportagem? Acha que a ideia pode ser útil para famílias que você conhece? Então, acesse o Facebook e compartilhe este artigo. Ajude-nos a divulgar estas ideias!

 

 

 

 

 

Como os pais podem ajudar suas crianças com autismo Read More »

A aventura da caça ao tesouro - atividade interativa para crianças com autismo

A aventura da caça ao tesouro – atividade para crianças com autismo

Leia a seguir a divertida atividade para crianças com autismo que pode ajudá-las a ter participações físicas em jogos simbólicos, a desenvolver a flexibilidade e o período de atenção compartilhada, a solucionar problemas e a expandir sua comunicação verbal.

Interesses:

Suspense, comédia pastelão, encontrar objetos escondidos, tesouros, personagens favoritos da criança (por exemplo, a turma do Peter Pan).

Metas principais:

Participação física em jogo simbólico.
Flexibilidade – participação em jogo com diversas etapas, estrutura complexa e um conjunto de regras.
Desenvolver período de atenção compartilhada de 20 minutos ou mais.
Solução de problemas.
Comunicação verbal.

Preparação da atividade:

Confeccione um mapa do tesouro. O mapa consiste no tracejado de um caminho que passa por cerca de 5 ou 6 lugares imaginários antes de se chegar ao esconderijo do tesouro. Cada lugar tem um nome e uma figura pictórica representativa. Numere os lugares de acordo com a sequência a ser seguida no mapa. Por exemplo, o trajeto do mapa tem o início no lugar 1, que é casa da Wendy. O lugar 2 pode ser a árvore oca onde os meninos perdidos moram, o lugar 3 a aldeia dos índios, o lugar 4 o barco do Capitão Gancho, o lugar 5 a parte do mar onde mora o crocodilo Tique-Taque, e o lugar 6 a gruta do tesouro.

Confeccione também, antes da sessão, 6 pistas escritas em tiras de papel ou em cartões. As pistas informarão quais as aventuras que os participantes enfrentarão a seguir (tarefas que os participantes cumprirão juntos) para conseguir chegar ao próximo lugar no mapa e receber a nova pista.

Esconda as pistas pelo quarto em meio aos acessórios que representarão cada um dos locais mencionados no mapa, como um lençol azul em um canto do chão que será o mar do crocodilo, as almofadas ou a rede que representarão o barco pirata, a caixa de papelão que será a árvore oca, etc.

Traga para o quarto duas mochilas (uma para você e uma para a criança) com acessórios para a aventura, como uma lanterna, óculos de natação, comidinhas de plástico, copos de plástico, uma corda, um lençol, kit infantil de médico para primeiros socorros, kit infantil de ferramentas, papel e caneta, meias, capas e diferentes peças de vestimentas.

Ideias para o que poderia ser o tesouro: uma capa mágica que quando vestimos nos ajuda a voar; o pó (glitter) de pirlimpimpim da Sininho também para nos ajudar a voar; a boneca ou figura da Sininho que foi presa pelo Capitão Gancho e nossa missão será salvá-la; um objeto ou um alimento favorito; um copo contendo suco imaginário mágico que, ao beber, você fica tão forte que consegue jogar a sua criança para o alto várias vezes, rodá-la em seus braços, fazer coceguinhas, dar vários abraços, o que quer que seja motivador para sua criança.

Estrutura da atividade:

Escolham que personagens da turma do Peter Pan cada um quer ser. Vistam fantasias e pendurem nas costas suas mochilas com os acessórios. Se a criança não quiser vestir nada ou carregar uma mochila, você pode levar a mochila dela. Explique para a criança o que significa o mapa, como vocês encontrarão as pistas e que tipo de tesouro encontrarão no final. Procure considerar o que você acredita ser mais motivador para sua criança: saber desde o início qual será o tesouro ou manter-se o mistério em relação ao conteúdo dele.

Analisando o mapa juntamente com a criança, dirijam-se para o local no quarto que representará o lugar  1 do mapa, a casa da Wendy. Lá, você encontrará a primeira pista e a lerá para a criança (ela poderá ler se já tiver adquirido essa habilidade). A pista os instruirá para que cumpram uma tarefa de forma a chegar ao próximo lugar do mapa.

Exemplos de tarefas:

“O seu amigo vai cair no mar. Salve o seu amigo do crocodilo Tique Taque.” Você pula no mar (no lençol azul que está no chão) e sugere que a criança use a corda que está na mochila dela para içá-lo da água.
“Pergunte ao macaco onde a Sininho escondeu o pó de pirlimpimpim.” Você é o modelo social e faz você mesmo a pergunta para o boneco do macaco, ou você ajuda a sua criança a fazer a pergunta.
“Vá até o barco pirata nadando, mas tome cuidado com o Tique Taque, pois ele está com fome!” Vocês vestem os óculos de natação e nadam em cima do lençol azul, mas quando ouvem o som de tique taque da barriga do crocodilo, fogem nadando o mais rápido possível, ou fogem surfando em uma onda, ou então oferecem a ele uma comidinha de plástico que trouxeram na mochila.
“O seu amigo vai queimar a perna na fogueira dos índios. Faça um curativo na perna do seu amigo.” Vocês escolhem quem machuca a perna na fogueira e o outro então usa o kit infantil de médico para fazer uma atadura, passar pomada, usar o estetoscópio, dar remédio, etc.

Celebre as participações sociais da criança, suas comunicações verbais, participações físicas, ideias que ela compartilhar para contribuir na atividade e para solucionar problemas, sua atenção, olhares, sorrisos, e sua flexibilidade para seguir as regras do jogo e aceitar as sugestões oferecidas por você. As celebrações (e a diversão) estarão presentes no decorrer de toda a atividade interativa, e não somente quando vocês cumprirem as tarefas e chegarem ao tesouro.

Variações:

Muitas das crianças, adolescentes e adultos atualmente se interessam mais pela temática da série Piratas do Caribe, da Disney, do que pela turma do Peter Pan. Se este for o caso da pessoa para quem você está confeccionando a atividade, os personagens e lugares do seu mapa estarão relacionados à turma do Jack Sparrow e seus companheiros.

Observações:

Divirta-se com o faz de conta entrando a fundo no mundo da imaginação. Ande com muito cuidado quando vocês estiverem na beira de um precipício, sinta o cheiro e o calor da fogueira, delicie-se com a maçã gigante e suculenta que vocês vão comer com os meninos perdidos, interaja com o ambiente do quarto como se todos aqueles lugares do mapa estivessem mesmo ali. Demonstre para sua criança esta interação com o ambiente imaginário exagerando os movimentos de seu corpo, as expressões em sua face e o uso de sua voz.

Participe e troque ideias com a gente!

O que você achou dessa atividade para crianças com autismo? Queremos escutar a sua opinião! Acesse o nosso Facebook clicando no ícone abaixo, nos conte o que você achou dessa atividade e compartilhe a atividade para crianças com autismo com seus amigos!

A aventura da caça ao tesouro – atividade para crianças com autismo Read More »

Rolar para cima

Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 17 a 20 de setembro

Investimento por participante:
1º lote: R$1428 até o dia 10/07/20 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 10/08/20 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 08/09/20 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 08 de setembro de 2020 (terça-feira).

Descontos em mais de um curso: Quem se inscrever em 2 cursos, também tem o desconto de 5% somado ao desconto por prazo de inscrição. Quem se inscrever em 3 ou mais cursos tem o desconto de 10% somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral dos cursos. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras.

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.

Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 24 a 27 de março

1º lote: R$1428 até o dia 17/12/21 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 15/02/22 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 15/03/22 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 15 de março de 2022 (terça-feira).

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.