informações sobre autismo Archives | Página 3 de 3 | Inspirados pelo Autismo

informações sobre autismo

Irmãos com autismo têm mais diferenças que similaridades, aponta artigo do jornal NY Times

A maioria dos irmãos com diagnóstico de autismo não compartilha os mesmos fatores de risco genéticos e podem ser também bastante diferentes em seus comportamentos e atitudes, segundo noticia um novo estudo divulgado pelo jornal NY Times. De acordo com a publicação, estes resultados surpreenderam muitos pais e médicos.

No novo estudo, publicado pela Revista Nature Medicine, os cientistas analisaram material genético de 85 famílias que tinham duas crianças com autismo. Foi empregado um método chamado sequenciamento completo do genoma, que, diferentemente de outras metodologias, mapeia inteiramente o volume dos recipientes e verifica cada tipo biológico, qualquer “vírgula fora do lugar” ou letra transposta.

Os pesquisadores focaram suas análises em aproximadamente 100 pequenas falhas genéticas associadas ao desenvolvimento do autismo. Eles descobriram que em torno de 30% dos 85 pares de irmãos participantes do estudo compartilhavam as mesmas mutações genéticas, e cerca de 70% não. Os pares de irmãos que compartilhavam as mesmas pequenas falhas genéticas tendiam a ser mais parecidos no que se refere às habilidades sociais e hábitos do que os pares em que as pequenas falhas genéticas eram distintos.

Os resultados do novo estudo evidenciam a grande diversidade existente no autismo, que pode ser presente mesmo nos indivíduos mais proximamente aparentados. Os resultados apontam ainda que os cientistas terão de analisar dezenas de milhares de outras pessoas para poderem ter em mãos dados mais consistentes sobre as bases biológicas do autismo.

Especialistas que analisaram o artigo publicado na Revista Nature Medicine encorajam mudanças na prática clínica, a partir dos resultados levantados no estudo. No exterior, alguns hospitais usam a análise do perfil genético de irmãos mais velhos com autismo para tentar entender uma nova criança com o transtorno, ou podem usar a análise do perfil genético do irmão mais velho para aconselhar os pais sobre a probabilidade de eles terem outra criança com autismo. Este procedimento pode não ser tão informativo, disseram os autores do estudo.

Para ilustrar a importância dos resultados do novo estudo, o jornal NY Times conta a história de Valerie South, uma enfermeira que vive em Toronto. Os filhos de Valerie, Cameron, de 20 anos, e Thomas, de 14 anos, têm autismo severo (em uma família de quatro ou mais, as probabilidades de existirem duas crianças com autismo é cerca de uma em 10.000). Em 1998, Valerie e seu marido consultaram médicos para saber quais os riscos de eles terem outra criança com autismo – naquela época, eles tinham Cameron e um outro filho mais velho, Mitchell, que é neurotípico. Eles foram informados que as chances de eles terem uma nova criança com autismo eram pequenas e que, se isso acontecesse, não seria um caso de autismo severo. Eles tiveram então Thomas, que têm o mesmo diagnóstico de autismo que Cameron, mas que é bem diferente do irmão em seu comportamento. A mãe conta que enquanto Thomas se dirige a estranhos, Cameron recua. Thomas ama o seu iPad, enquanto Cameron não demonstra interesse por computadores. O novo estudo provê boas justificativas biológicas para estas diferenças e pode colocar de lado previsões como as recebidas por Valerie antes de ela e seu marido terem Thomas.

“O estudo nos leva a considerar que mapeamentos genéticos podem não nos ajudar tanto a fazer previsões como pensávamos”, afirma Helen Tager-Flusberg, neurocientista do desenvolvimento na Universidade de Boston, que não esteve envolvida na produção do novo estudo.

Outros especialistas não envolvidos no estudo dizem que os resultados são importantes e convincentes. “O estudo é bem delineado e o resultado final é de alguma forma surpreendente, e reitera a complexidade dos fatores genéticos subjacentes ao autismo” diz Dr. Yong-hui Jiang, um professor associado do departamento de pediatria e neurobiologia na Universidade Escola de Medicina Duke. Para o jornal NY Times, o relatório é um dos principais resultados vindos de uma iniciativa em larga-escala financiada pelo Autism Speaks, um grupo de defesa e estudos sediado nos EUA.

Sabia mais sobre o autismo e sobre os tratamentos existentes em nosso site.

Você encontrará artigos sobre outras pesquisas recentes na área do autismo em nosso blog.

Compartilhe esse artigo com pais, familiares e profissionais através das redes sociais. Você também poderá usar os campos abaixo para deixar o seu comentário a respeito do novo artigo sobre irmãos com autismo aqui no blog.

 

Irmãos com autismo têm mais diferenças que similaridades, aponta artigo do jornal NY Times Read More »

Nova pesquisa sobre padrões de pensamento no espectro do autismo

O rastreamento dos pensamentos associados às interações sociais através de ressonância magnética pode ajudar a revelar padrões cerebrais relacionados ao autismo, de acordo com uma reportagem veiculada no site de uma revista americana.

Até os dias de hoje, o diagnóstico do autismo vem sendo conduzido a partir de exames clínicos que envolvem a realização de entrevistas e observações comportamentais. O processo de diagnóstico pode envolver a realização de algumas consultas com a criança e a sua família. Nestas consultas, a criança é observada pelo profissional de saúde em situações da sua vida cotidiana e em situações específicas em que são examinadas as suas habilidades sociais e de comunicação, por exemplo, além de serem observados a existência ou não de comportamentos ritualísticos ou repetitivos e de outros indicativos do transtorno como diferentes respostas aos estímulos sensoriais.

A Revista Time publicou um artigo sobre uma pesquisa que mostra que exames com ressonância magnética, feitos nos cérebros de pessoas enquanto elas refletem sobre determinados assuntos, trazem indicativos que poderão vir a auxiliar no diagnóstico futuro do autismo. Marcel Just – autor do estudo, professor de Psicologia e diretor de um centro de pesquisas na Universidade Carnegie Mellon – junto de seus colegas, realizou uma série de exames de ressonância magnética funcional em 17 adultos jovens com autismo de alto funcionamento e em 17 pessoas sem autismo, enquanto estas pessoas pensavam sobre diferentes interações sociais, tais como o “abraçar”, “humilhar”, “chutar” e “adorar”. A equipe utilizou técnicas para mensurar a ativação de pequenos pontos do cérebro e analisou se os níveis de ativação formavam um padrão. O padrão constatado, segundo Marcel, é bastante semelhante entre as pessoas de desenvolvimento típico: “Quando você pensa sobre uma casa, uma cadeira ou uma banana, enquanto você está passando pela ressonância magnética, eu posso dizer no que você está pensando”.

A diferença nos padrões entre os dois grupos foi tão significativa que os pesquisadores conseguiram então identificar com 97% de precisão – em 33 dos 34 participantes do estudo – se um cérebro era de uma pessoa com autismo ou de uma pessoa neurotípica. Houve uma área do cérebro associada com a representação do ‘eu’ que não foi ativada nas pessoas com autismo, afirma Marcel. Segundo o autor, ao refletirem sobre abraçar, adorar, persuadir ou odiar, enquanto seus cérebros eram escaneados pela ressonância magnética, as pessoas com autismo pareciam pensar nisso como alguém que estivesse assistindo a uma peça de teatro ou lendo uma definição de dicionário. Estas pessoas não pensavam nessas ações como algo que se aplicaria a elas, indicando que no autismo a representação do ‘eu’ é alterada, fato que os pesquisadores vêm notando já há alguns anos. Para o autor do estudo, esta foi, contudo, a primeira vez que alguém usou essa premissa para tentar diagnosticar autismo a partir da observação da ativação de áreas do cérebro durante a realização de ressonâncias magnéticas.

A pesquisa sugere então que pode haver uma nova maneira de diagnosticar e compreender certos transtornos, como o autismo. Sabendo que tipos de pensamentos são tipicamente alterados em um determinado transtorno, seria possível pedir a uma pessoa que pensasse sobre eles e verificasse se seus pensamentos são de fato alterados em relação aos padrões observados nas pessoas neurotípicas, afirma Marcel. O estudo pode significar mais um avanço em direção a um diagnóstico mais rápido e mais preciso de transtornos como o autismo, e maior conhecimento sobre a forma de pensar utilizada por pessoas com autismo.

Você poderá ler mais sobre o autismo em nosso site e, para aprofundar seus conhecimentos no assunto, recomendamos ainda os livros Brincar para Crescer e Dez Coisas que Toda Criança com Autismo Gostaria que Você Soubesse.

Divulgue esse artigo sobre padrões de pensamento no espectro do autismo em suas redes sociais e compartilhe conosco os seus comentários!

 

 

Nova pesquisa sobre padrões de pensamento no espectro do autismo Read More »

15 ideias para alunos com autismo.

Cartaz com 15 ideias para a inclusão de estudantes com autismo

Um cartaz ilustrativo com 15 recomendações para a educação inclusiva de estudantes com autismo, sendo útil para pais, professores e profissionais. O cartaz poderá ser afixado em casa, nas escolas, em clínicas e instituições.

Você poderá imprimir o seu cartaz ilustrativo para projetos de inclusão de alunos com autismo usando a sua impressora e clicando aqui. Se desejar imprimir em uma gráfica, recomendamos que seja em papel couché formato A3.

Para conhecer os nossos cursos especiais sobre a nossa abordagem lúdica, motivacional e responsiva e sobre as nossas estratégias para Inclusão Escolar, clique aqui.

Inscreva-se em um dos nossos cursos sobre autismo:

Cartaz com 15 ideias para a inclusão de estudantes com autismo Read More »

15 dicas para ajudar seu aluno com autismo

Seguem as nossas 15 dicas para ajudar seu aluno com autismo. É importante notar que não é preciso implementar todas as dicas para todos os alunos. Cada aluno é único, e o que funciona para um aluno com autismo talvez não funcione para outro.

1 – Aposte na comunicação visual – prefira explicar e ilustrar conteúdos apoiando-se em figuras, quadros, fotos, objetos reais e demonstrações físicas.

2 – Opte por dividir as atividades, exercícios e tarefas em partes – em vez de pedir que o aluno faça, por exemplo, cinco operações matemáticas ou escreva dez frases de uma vez, sugira primeiro que ele comece com duas ou três.

3 – Comece pelas tarefas mais fáceis e deixe as tarefas mais complexas para o final – isso eleva a autoestima do aluno e o estimula a continuar engajado na atividade. Você pode também optar por começar com atividades que você já sabe que o aluno gosta mais, e ir introduzindo aos poucos as atividades que ele tem mais resistência.

4 – Forneça instruções claras e diretas e use palavras concretas – evite enunciados e solicitações longas e abstratas. Em vez de fazer perguntas abertas, ofereça duas alternativas e deixe que o aluno escolha a que deseja. Você poderá usar ainda músicas, gestos, objetos e personagens para facilitar a comunicação e tornar as interações com os professores e os demais alunos mais divertidas.

5 – Inclua acessórios na rotina – elabore quadros de rotinas visuais e relógios para acompanhar a marcação do tempo e antecipar Cartaz para Projetos de Inclusão Escolar – 15 Dicas para Alunos com Autismoa transição de atividades.

6 – Preveja e antecipe as mudanças na rotina – invista em explicações e avisos sobre as mudanças. Leve o aluno antes para conhecer um novo espaço ou uma nova situação e observe se ele se sente confortável com a novidade.

7 – Seja um modelo social e convide os outros alunos a também agirem dessa forma – dê exemplos de respostas sociais esperadas em situações cotidianas e mostre claramente as emoções que as pessoas sentem em determinadas situações.

8 – Invista na troca de informações com a família e com os outros profissionais que auxiliam o aluno – mantenha anotações detalhadas na agenda diária do aluno e converse com a família sobre habilidades adquiridas e desafios encontrados no dia a dia.

9 – Observe a ocorrência de sobrecarga sensorial – ofereça exercícios físicos, massagens ou objetos de conforto de forma a auxiliar o processamento sensorial.

10 – Identifique os interesses e motivações do aluno – use esses interesses e motivações para despertar  a atenção para as atividades, para facilitar o engajamento nas tarefas e para manter o aluno focado numa tarefa quando a classe estiver mais agitada.

11 – Prepare alternativas para as atividades – planeje um “plano B”, ou seja, uma forma alternativa de apreender determinado conteúdo ou de executar determinada atividade.

12 – Acredite no potencial do aluno – procure soluções criativas para verificar se o aluno tem absorvido o conhecimento, especialmente nos casos dos alunos que ainda não utilizam a comunicação verbal.

13 – Troque questões abertas por questões fechadas (como as de múltipla escolha) e incorpore desenhos, esquemas visuais e ilustrações às questões e explicações.

14 – Use histórias sociais, de preferência ilustradas ou reproduzidas teatralmente, para explicar situações sociais mais complexas como as festas da escola, a chegada das férias ou a troca de professores – todas estas situações podem ser antecipadas, explicadas e ensaiadas através destas histórias sociais.

15 – Não tenha medo de errar – tente encontrar os caminhos que funcionam melhor com cada aluno, lembrando que as crianças com autismo podem diferir bastante entre si.

Quer conhecer experiências de alunos com autismo na escola? Leia a série de reportagens publicadas na Revista Escola sobre o projeto de inclusão do aluno Matheus.

Veja o nosso post com uma imagem ilustrativa das nossas 15 dicas de como ajudar seu aluno com autismo. Você mesmo poderá imprimir um cartaz ilustrativo para projetos de inclusão de alunos com autismo usando a sua impressora.

Gostou das nossas 15 dicas de como ajudar seu aluno com autismo? Compartilhe com os seus amigos e colegas de trabalho o nosso artigo pressionando os ícones abaixo (temos ícones para o Facebook, Google+, Twitter e outras redes sociais).

Será um prazer também ler os seus comentários ou suas próprias dicas para alunos com autismo – por exemplo, alguma coisa que funcionou para seu filho ou aluno. Deixe as suas dicas, opiniões e perguntas aqui mesmo, escrevendo no campo a seguir.

15 dicas para ajudar seu aluno com autismo Read More »

Como os pais podem ajudar suas crianças com autismo

Uma reportagem publicada no site da Veja neste mês sob o título “‘Treinar’ pais de criança autista reduz sintomas do transtorno” traz resultados importantes de uma pesquisa realizada com crianças com sinais de autismo em seus primeiros anos de vida.

O estudo foi realizado nos EUA e utilizou o método Infant Start, cuja proposta seria capacitar os pais para que eles, em seu convívio diário com as crianças, possam ajudá-las a desenvolver suas habilidades de comunicação, atenção compartilhada, interação e aprendizado social.

Segundo o site da Universidade da Califórnia, onde o estudo foi conduzido, o método foi utilizado junto a crianças com 6 a 15 meses de idade, durante um período de seis meses. As sete crianças selecionadas para participar do estudo apresentaram sintomas de autismo tais como a diminuição do contato visual e do interesse ou engajamento social , padrões de movimento repetitivos e falta de comunicação intencional.

Autism treatment in the first year of life: A pilot study of Infant Start, a parent-implemented intervention for symptomatic infants“, é de co-autoria dos professores de Psiquiatria e Ciências Comportamentais da Universidade da Califórnia, em Davis, Sally J. Rogers e Sally Ozonoff e foi publicado on-line no Journal of Autism and Developmental Disorders​.

Rogers, a principal autora do estudo e desenvolvedora do método Infant Start, afirma que “a maioria das crianças do estudo, ou seja, seis das sete crianças, conseguiu alcançar todas as habilidades de aprendizagem e de linguagem quando observadas aos dois ou três anos de idade. Estas crianças praticamente não foram diagnosticadas com autismo até então”, o que demonstra a eficácia do tratamento precoce com a ajuda dos pais.

A participação fundamental dos pais, sob orientação dos profissionais

Para Rogers, os pais, após receberem o treinamento por parte da equipe de profissionais, assumiram um papel fundamental no processo, pois eles estão todos os dias com seus bebês e podem aproveitar momentos cotidianos como a troca de fraldas, a alimentação, as brincadeiras no chão, as caminhadas e as atividades de lazer para colaborarem na aprendizagem dos pequenos. Segundo Rogers, “Esses momentos, os pais podem aproveitar de uma forma que mais ninguém realmente pode”.

A importância da intervenção precoce

De acordo com as informações existentes no site da Universidade da Califórnia, as crianças diagnosticadas com autismo normalmente recebem intervenção precoce com início aos 3 ou 4 anos de idade, seis a oito vezes mais tarde do que as crianças que participaram do estudo. Mas os primeiros sintomas de autismo podem estar presentes durante o primeiro ano de vida da criança, sendo a primeira infância um momento crucial para que as crianças desenvolvam a interação social e a comunicação. Por isso, os pesquisadores e pais de crianças com autismo têm trabalhado para identificar a desordem e começar a intervenção mais cedo.

Ozonoff, que dirige o Instituto MIND e coordena projetos de detecção precoce em bebês com risco de desenvolver autismo, diz que: “Queremos fazer os encaminhamentos para a intervenção precoce logo que há sinais de que um bebê possa estar desenvolvendo autismo”. Mas a pesquisadora reconhece que “Em muitas partes do país e do mundo, os serviços que abordam habilidades de desenvolvimento específico para o autismo não estão disponíveis para crianças tão jovens”, o que sinaliza os desafios no emprego do método.

Como os pais podem ajudar suas crianças com autismo: a eficácia das sessões “um a um” e de se seguir os interesses da criança

O tratamento utilizado no estudo foi baseado na abordagem conhecida como Early Start Denver Model (ESDM), desenvolvida por Rogers e Geraldine Dawson, professora de Psiquiatria, Psicologia e Pediatria da Universidade Duke, na Carolina do Norte.

Tendo o Early Start Denver Model como pano de fundo, os pais foram orientados a apoiar, de forma individualizada, as necessidades de desenvolvimento de seus filhos, além de observar os interesses das crianças, priorizando a criação de rotinas sociais prazerosas. A intervenção teve como objetivos aumentar a atenção das crianças para a voz e os rostos dos pais; aumentar as interações entre pais e filhos, trazendo sorrisos e prazer para ambos; aumentar a imitação de sons e ações intencionais; e fazer uso de brinquedos apenas para apoiar a atenção social da criança, e não competindo com ela.

O tratamento consistiu em 12 sessões de uma hora com as crianças e os seus pais, tendo sido seguido por um período de manutenção de seis semanas, com visitas quinzenais, e avaliações para acompanhamento em 24 e 36 meses.

As crianças que receberam a intervenção apresentaram uma redução significativa na gravidade do autismo entre 18 a 36 meses de idade, quando comparadas com um pequeno grupo de crianças com o mesmo grupo de sintomas e que não receberam a terapia. As crianças que receberam a intervenção tiveram um prejuízo menor quanto aos atrasos de linguagem e de desenvolvimento se comparadas aos dos demais quatro grupos de controle.

As limitações do estudo

Conforme mencionado no site da Universidade da Califórnia, considerando a natureza preliminar dos resultados, o estudo apenas sugere que o tratamento precoce dos sintomas possa vir a diminuir o surgimento de outras dificuldades mais tarde. Assim, a realização de mais estudos controlados seria necessária para testar e a avaliar a possibilidade de emprego do tratamento para um uso geral. No entanto, para os pesquisadores, os resultados deste estudo inicial são significativos e relevantes devido às idades dos bebês, ao número de sintomas e atrasos que exibiram no início da vida, ao número de grupos de comparação envolvidos no estudo, e ao fato de que a intervenção aplicada foi de baixa intensidade, podendo ser realizada pelos pais em suas rotinas diárias.

Rogers salienta que: “Meu objetivo é que crianças e adultos com sintomas de autismo possam ser capazes de participar com sucesso no dia a dia e em todos os aspectos da comunidade em que desejem participar: terem um trabalho satisfatório, atividades de lazer e relacionamentos, uma educação que atenda às suas necessidades e objetivos, um círculo de pessoas que amam, e estarem satisfeitos com as suas vidas”.

Gostou dessa reportagem? Acha que a ideia pode ser útil para famílias que você conhece? Então, acesse o Facebook e compartilhe este artigo. Ajude-nos a divulgar estas ideias!

 

 

 

 

 

Como os pais podem ajudar suas crianças com autismo Read More »

Show de talentos – uma atividade lúdica para crianças com autismo

Leia a seguir mais uma fantástica sugestão de atividade lúdica para crianças com autismo que poderá ajudar a sua criança, adolescente ou adulto com autismo a desenvolver os seus talentos e habilidades.

Interesses:

Programas de televisão, personagens favoritos, cantar, dançar, ouvir histórias, piadas, acrobacias e charadas.

Metas principais:

Participação física da criança na brincadeira. Flexibilidade. Desenvolver atenção compartilhada de 15 minutos ou mais.

Ação motivadora (o papel do adulto):

O adulto agirá como se fosse um participante de um show de talentos televisivo e representará os personagens nas diversas apresentações sorteadas.

Solicitação (o papel da criança):

A criança jogará dois dados. O primeiro dado conterá figuras dos seus seis personagens favoritos. O segundo dado conterá palavras com seis tipos de apresentação (por exemplo, dançar, cantar, contar uma piada, fazer e responder uma charada, contar uma história, fazer uma acrobacia) que serão executadas pelos personagens.

Estrutura da atividade:

O adulto explica à criança que eles vão participar de um incrível show de talentos e que, para escolher o personagem que irá se apresentar, eles precisarão jogar dois dados.

Com o primeiro dado, será possível saber qual personagem vai se apresentar e, com o segundo dado, o que acontecerá na apresentação.

Se a criança demonstrar interesse, o adulto começa então a simular o show de talentos, explicando que eles estão num auditório na TV e que logo em breve começarão a entrar alguns personagens muito legais. O adulto pode pedir à criança que se sente na plateia, para assistir ao show.

O adulto começa ele mesmo jogando os dados, um de cada vez. O adulto comemora o personagem sorteado e faz suspense quanto ao que será encenado pelo personagem.

Após o sorteio e a apresentação de alguns personagens, e quando o adulto notar que a criança está se divertindo e que ela está bastante engajada na brincadeira, o adulto poderá então solicitar que a criança jogue um dos dados ou os dois dados.

Assim que a criança se levantar da plateia e jogar os dados, o adulto responderá rapidamente e com entusiasmo, encenando o personagem e a apresentação determinadas pelos dados.

Caso a criança esteja interessada na brincadeira, mas ainda não queira jogar os dados, o adulto continuará jogando-os e aproveitando o período de atenção compartilhada, comemorando o contato visual, sorrisos e gargalhadas da criança.

Se vocês estiverem usando essa brincadeira em uma sessão a três, os dois adultos podem revezar a encenação dos personagens, deixando a brincadeira mais dinâmica.

Dependendo do estágio de desenvolvimento da criança e de sua flexibilidade, vocês podem alternar entre os três as funções de jogar os dados e fazer as encenações – a própria criança poderá realizar as encenações, caso ela se mostre interessada em assumir esse papel!

Materiais sugeridos:

Durante a atividade lúdica para crianças com autismo podem ser utilizadas vestimentas e acessórios que ajudem a caracterizar os personagens. As vestimentas e acessórios podem ser colocadas na prateleira. Já os dois dados podem ser confeccionados, por exemplo, com caixas de sapato.

Variações:

Podemos ajustar o grau do desafio desta atividade lúdica para crianças com autismo, pedindo que a criança, além de jogar os dados, aponte objetos na prateleira que poderão ser usados na apresentação do personagem da vez. A criança pode ainda ajudar o personagem a se preparar, vestindo os apetrechos que vocês escolherem na prateleira. Caso a criança mostre-se interessada e queira participar da apresentação do personagem, para incrementar a flexibilidade, você poderá criar cartões que seriam retirados de um envelope para saber quem será a plateia, o personagem ou o apresentador da vez.

Para ajudar a criança a manter-se motivada durante a interação e prolongar o tempo de duração da atividade, podemos inserir em alguns ciclos pequenas variações na ação motivadora, por exemplo, você poderá introduzir um terceiro dado, para determinar a forma como a apresentação deverá ser encenada pelo personagem: por exemplo, lenta, rápida, engraçada, triste, silenciosa, barulhenta (você não precisa solicitar à criança que jogue esse terceiro dado, mas se aproveitar dele para tornar a apresentação mais engraçada e curiosa). Se vocês estiverem em uma sessão a três, duas pessoas podem encenar ao mesmo tempo dois personagens, que podem estar atuando juntos de forma interativa no palco.

Caso a criança não se interesse pelos personagens do dado, podemos manter a atividade original e modificar os personagens de acordo com os interesses da criança no momento. Você poderá representar animais ou quaisquer outros personagens.

Se a criança se interessa pelo show de talentos e pelos personagens, mas desejamos trabalhar uma meta diferente, como a imitação, podemos manter a brincadeira, mas modificar o papel da criança na atividade. Ao invés de solicitarmos que ela jogue os dados, podemos pedir que ela imite paralelamente a nossa apresentação (por exemplo, em frente ao espelho). Podemos trabalhar também a comunicação, pedindo que a criança diga o nome do personagem que vai se apresentar ou, dependendo do estágio de desenvolvimento de sua comunicação, avise à plateia imaginária ou formada por bonecos que a tal personagem fará uma apresentação de tal coisa.

Se nossa criança mostrar-se envolvida com os personagens, mas não se interessar pelas apresentações feitas pelo adulto, podemos manter a mesma estrutura da brincadeira, e oferecer uma ação motivadora diferente, como por exemplo, o personagem sorteado no primeiro dado fazer cócegas, massagem/carinho na criança ou brincar de pega-pega com ela, que seriam as ações do segundo dado.

Participe de nosso blog e troque ideias com a gente.

Gostou dessa atividade? Já experimentou alguma brincadeira parecida? Queremos conhecer a sua opinião! Deixe a sua dica para outras pessoas nos comentários. Você pode também compartilhar essa atividade (no Facebook, por exemplo) clicando nos ícones abaixo.

Show de talentos – uma atividade lúdica para crianças com autismo Read More »

Como eu posso ajudar o meu filho a completar uma tarefa que é difícil para ele, como vestir-se sozinho?

Podemos começar buscando encontrar um forte e prazeroso motivo para o seu filho querer fazer algo que é um desafio para ele, como vestir-se sozinho. Pense em personagens, músicas e brincadeiras que seu filho gosta e em como usá-las para motivá-lo a realizar a tarefa. Por exemplo, se seu filho gosta do “Bob, o Construtor”, cada vez que ele terminar de vestir a roupa, ou a cada passo realizado para vestir uma peça de roupa, você pode cantar um trecho da música do “Bob, o Construtor” que ele gosta: “Bob, o Construtor/ Podemos consertar/ Bob, o Construtor/ Podemos sim!”. Você também poderia fazer bolhas de sabão, ou um pouco de cócegas, ou ainda massagem em seu filho a cada peça de roupa vestida para motivá-lo durante o processo.

Eu também quebraria a tarefa em pequenas etapas/passos, pedindo para ele fazer somente o último passo da tarefa para que a ação fosse menos intimidadora e para que ele, ao completar o último passo da tarefa, sentisse imediatamente que havia sido bem-sucedido em completar sua tarefa. Por exemplo, podemos começar ajudando-o a vestir uma calça de elástico, uma sandália de velcro e uma camiseta sem botões. Podemos ajudá-lo a passar a cabeça pelo buraco da camiseta e a encontrar as saídas para os braços, convidando-o a finalizar a colocação da camiseta puxando-a para baixo. Cada vez que ele fizesse essa ação de puxar a camiseta, você comemoraria e ofereceria uma ação motivadora como nos exemplos descritos acima (“Bob, o Construtor”, cócegas, etc). Quando ele estivesse consistentemente fazendo este último passo para completar a tarefa de vestir a camiseta, eu pediria que ele passasse a fazer o penúltimo e então o antepenúltimo passo da tarefa. Ou seja, quando ele estivesse puxando a camiseta sozinho, eu pediria para ele tentar colocar um dos braços na manga da camiseta com cada vez menos ajuda minha, e assim por diante. No caso da calça, também o ajudaria no início a encontrar as saídas das pernas, deixando que ele finalizasse a colocação da calça de elástico puxando-a para cima.

O processo de ajudar seu filho a adquirir a habilidade de realizar um passo da tarefa por vez também pode ser feito com a sequência progressiva, pendindo-se que ele faça o primeiro passo da tarefa, e quando isso estiver adquirido, passar a pedir pelo primeiro e o segundo passo, depois o primeiro, segundo e terceiro passo, até que ele esteja se vestindo com autonomia.

Lembre-se de ser o modelo e fazer todos os passos para ele antes de pedir que ele os faça. Quebrando em pequenos passos e associando a tarefa a uma ação prazerosa e a comemorações de cada tentativa, estaríamos tornando o processo de aprendizado mais divertido e acessível para o seu filho.

Veja mais dicas de atividades de vida diária para pessoas com autismo.

Como eu posso ajudar o meu filho a completar uma tarefa que é difícil para ele, como vestir-se sozinho? Read More »

Rolar para cima

Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 17 a 20 de setembro

Investimento por participante:
1º lote: R$1428 até o dia 10/07/20 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 10/08/20 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 08/09/20 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 08 de setembro de 2020 (terça-feira).

Descontos em mais de um curso: Quem se inscrever em 2 cursos, também tem o desconto de 5% somado ao desconto por prazo de inscrição. Quem se inscrever em 3 ou mais cursos tem o desconto de 10% somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral dos cursos. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras.

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.

Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 24 a 27 de março

1º lote: R$1428 até o dia 17/12/21 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 15/02/22 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 15/03/22 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 15 de março de 2022 (terça-feira).

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.